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Peixe mais raro do mundo dá cria e se salva da extinção

O peixe mais raro do mundo pertence à espécie Thymichthys politus, mais conhecido como peixe-mão-vermelho. Graças a um projeto de conservação, o Handfish Conservation Project, o animal conseguiu gerar 21 filhotes e assim ficar um passo mais longe da temida extinção.

Essa prole já representa o equivalente a um quarto da população conhecida de peixes dessa espécie, ou seja: pode parecer pouco, mas já é um aumento notável, e um sinal de esperança para os biólogos da University of Tasmania, envolvidos no projeto.

Os ovos levaram mais de 50 dias para eclodir, e os cientistas seguiram um trabalho de acompanhamento para garantir que a população crescesse saudável. Por enquanto, essa nova leva de peixes está sendo criada em cativeiro.

Em comunicado divulgado pela universidade, os participantes do projeto revelam esperança de que os adultos amadureçam na próxima temporada de reprodução e produzam muito mais filhotes ao longo deste ano.

Treinamento de sobrevivência

Então, se tudo der certo, o objetivo é soltar os peixes na natureza, mas antes disso acontecer, eles precisam passar por uma espécie de treinamento para sobreviver à natureza selvagem.

“A escola de peixes é uma iniciativa financiada por nossos apoiadores da Fundação para as espécies mais ameaçadas da Austrália, e o objetivo é desenvolver habilidades em peixes que foram criados em cativeiro”, explicam os biólogos do projeto.

Essa escolinha de sobrevivência para peixes iniciantes envolve a introdução de habitats mais complexos e a exposição a outras espécies e condições que eles provavelmente devem encontrar na natureza quando forem soltos.

Filhotes de Thymichthys politus, o peixe mais raro do mundo (Imagem: Reprodução/Handfish Conservation Project)

O treinamento também passa por uma atenção especial por causa da onda de calor que tem proporcionado um aumento da temperatura nos oceanos, ameaçando assim a vida marinha.

O peixe mais raro do mundo vive no fundo do mar, passa a maior parte do tempo parado e usa as barbatanas para se comunicar. A equipe reconhece que o trabalho de salvá-lo da extinção não vai ser fácil, mas aumentar as suas populações é a primeira ação de uma longa jornada.

Via: CanalTech (com University of Tasmania, Handfish Conservation Project)

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