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PCPR orienta população sobre sinais de violência psicológica contra a mulher

A Polícia Civil do Paraná (PCPR) orienta a população sobre como identificar os sinais de violência psicológica praticada contra mulheres. Este tipo de violência consiste em causar dano emocional na vítima devido às humilhações, chantagens e ameaças.

Dentre as diversas formas de violência previstas na Lei Maria da Penha, a violência psicológica é de difícil identificação, pois o dano não é físico ou material. Muitas vítimas não percebem que estão sofrendo danos emocionais, podendo desencadear outros tipos de doenças, como depressão ou transtornos psicológicos.  

De acordo com a delegada da PCPR Giovanna Antonucci, as vítimas de abuso psicológico normalmente se afastam dos familiares e amigos por exigência do agressor, possuem baixa autoestima ou deixam de praticar atividades que gostam para agradar o companheiro, ações que impactam negativamente na vida das mulheres. 

“O comportamento controlador e abusivo limita os direitos e a liberdade da vítima. A mulher não pode sair porque o agressor não deixa, não pode se maquiar, se vestir da forma como quer porque o indivíduo não gosta da forma como ela se veste. Além dos xingamentos, insultos e ameaças que podem evoluir para outros tipos de violência”, ressalta a delegada.  

O ciclo da violência psicológica contra a mulher é formado por três fases. A delegada explica que a primeira fase é o ato de tensão, momento em que o agressor insulta, ameaça e xinga, sendo que a vítima se sente acuada, reprimida e se isola. Na sequência, ocorre uma escalada das violências e a mulher entende que está sendo vítima de um crime, procurando ajuda para a rede de apoio ou indo até uma delegacia da PCPR.

“Por fim, a terceira fase consiste no arrependimento e tratamento carinhoso por parte do agressor. Ele pede desculpas, fala que não vai acontecer novamente e que vai mudar, resultando no perdão da vítima. Pode ser que o indivíduo mude suas atitudes, mas o normal é que seja um ciclo e a violência volte a acontecer, por isso é importante se atentar aos sinais abusivos e controladores”, conclui Giovanna.  

DENÚNCIAS– A PCPR orienta sobre a importância da vítima denunciar ao identificar qualquer sinal de violência, a fim de garantir a própria segurança e terminar o ciclo de violência. O registro também pode partir de um parente ou amigo da mulher que esteja ciente do fato. 

O Boletim de Ocorrência pode ser registrado na delegacia mais próxima ou via internet, no portal da instituição (www.policiacivil.pr.gov.br/BO). No registro presencial, a equipe irá colher todas as informações do crime e, dependendo do caso, poderá ser solicitada uma medida protetiva, que irá determinar o afastamento do agressor do convívio da mulher.  

Já o registro online pode ser feito em casos de lesão corporal (violência doméstica), ameaça, injúria, calúnia, difamação e contravenção de vias de fato cometidos contra a mulher, nos termos da Lei Maria da Penha.  

Caso o crime esteja acontecendo no momento ou em intervalo recente, a orientação é que a vítima acione imediatamente a Polícia Militar ou a Guarda Municipal. 

Fonte: PCPR

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