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Deputado paranaense recebeu propina para reintegrar policiais expulsos da PM, diz MP

O deputado estadual Ricardo Arruda (PL-PR- foto) cobrou propina de policiais militares expulsos para reintegrá-los à PM, usando sua influência parlamentar. A denúncia é do Ministério Público do Paraná.

Dois policiais afirmaram em depoimento que pagaram R$ 80 mil ao deputado em 2016. Outro PM pediu para ser promovido na carreira, ao “custo” de R$ 30 mil. Esse mesmo policial voltou a procurar o deputado em 2017 para evitar de ser excluído da PM, devido a uma investigação de tortura que respondia. A propina teria sido de R$ 80 mil.

Um quarto PM expulso também pediu para ser reintegrado, o que lhe custou R$ 110 mil. Meses mais tarde, ainda solicitou que Arruda intercedesse num habeas corpus. O tráfico de influência custou R$ 65 mil.

O dinheiro, diz o MP, era recebido pelos assessores de Arruda, quase sempre na Alep.

Deputado nega ser chefe de organização criminosa

O deputado Ricardo Arruda (PL-PR) negou, através de seus advogados, que seja coordenador de uma organização criminosa. A fala é uma resposta a denúncia movida pelo Ministério Público do Paraná, que afirma que o deputado e alguns de seus assessores cobravam propina para conseguir vantagens para terceiros junto à administração pública.

“O deputado é pessoa íntegra e tem sido um dos principais nomes do estado do Paraná no combate à corrupção e cobrança da lisura do serviço público. Em razão disso tem recebido inúmeras perseguições como essa”, diz o advogado Jeffrey Chiquini.

A defesa do deputado afirma ainda que a denúncia é “infundada, descabida e ilegal” e que o parlamentar não tinha ciência dos crimes. Segundo Chiquini, os envolvidos já foram desligados do gabinete e estão sendo processados.

RIC Mais

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