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CRM-PR e Sociedade Brasileira de Infectologia alertam para semana crítica da pandemia

Curva de contaminação em alta, números de casos e mortes crescendo exponencialmente e disponibilidade de leitos de UTI se esgotando, ao mesmo tempo em que a população vem relaxando nas medidas de distanciamento.

O Conselho Regional de Medicina do Paraná e a Sociedade Brasileira de Infectologia emitiram alerta de que o estado entra em sua semana mais crítica da pandemia causada pelo coronavírus.

“Nos próximos dias enfrentaremos momentos críticos da pandemia no Paraná. Reforçamos a orientação de manter o distanciamento social, uso de máscaras e higienização das mãos. Será importante seguirmos as orientações das autoridades sanitárias municipais e estaduais. Juntos venceremos!”, diz comunicado emitido pelo CRM.

O médico paranaense Clóvis Arns da Cunha, presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia, foi ainda mais duro.

“Quase com certeza, vamos enfrentar a pior semana da epidemia da covid até agora em Curitiba e no Paraná. Mesmo hospitais privados de Curitiba já estão sem vagas de UTI ou com poucas disponíveis. Vários internamentos nas últimas 24 horas”, diz, em texto distribuído pela sociedade de especialidade. “Se conseguirmos convencer a população a seguir as medidas de isolamento social, provavelmente, conseguiremos voltar a ter a epidemia ‘sob controle’ em 4 a 6 semanas. Se não conseguirmos, poderá acontecer aqui o que todos vimos em outras cidades brasileiras no mês de maio”, avalia.

“As consequências sócio-econômicas da Covid-19 no mundo e no Brasil são avassaladoras, mas enquanto não tivermos medicamento eficaz, nem vacina, o isolamento social é a única forma de controlarmos a epidemia. Quanto antes controlarmos a epidemia, tanto mais rapidamente a economia poderá ser reaberta”, conclui.

A Prefeitura Municipal de Curitiba não divulga boletins sobre o coronavírus aos domingos. No boletim de sábado, 13, a taxa de ocupação de leitos de UTI era de 74%. No boletim estadual deste domingo, a taxa de ocupação de UTIs registrada é de 51%, no entanto, em duas regionais, a ocupação já supera 60%: 62% na Leste (que abrange Curitiba) e 66% na Oeste.

Da Gazeta do Povo

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