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Violência contra a mulher é tema de roda de conversa com adolescentes em C. Mourão [fotos]

A violência contra a mulher foi tema de uma roda de conversa com alunos do Colégio Estadual de Campo Mourão, nesta quinta-feira (25). A ação, realizada pelo Centro de Referência de Atendimento à Mulher (CRAM), órgão ligado à Secretaria de Assistência Social, faz parte da campanha estadual de combate ao feminicídio, liderada localmente pela primeira-dama Hosana Tezelli.

Cerca de 70 estudantes participaram da conversa que contou com a presença da primeira-dama de Campo Mourão, da delegada Luiza Perez Moraes, titular da Delegacia da Mulher de Campo Mourão, da Policial Militar, Greice Machado, de representantes do Conselho Municipal da Mulher e do Núcleo Regional da Educação.

Durante o encontro, os adolescentes receberam orientações sobre o que fazer em casos de violência doméstica, conheceram os serviços da rede de proteção disponível no município, ouviram um relato de uma vítima e receberam materiais educativos.

Em sua fala, a primeira-dama destacou que a violência contra a mulher ainda é resquício de uma cultura machista. “A violência contra a mulher é um crime que vem crescendo não só na nossa cidade, mas também em no estado. Infelizmente, essa situação é cultural daquelas pessoas que acreditam que o homem tem posse sobre a mulher. Muitas vezes, a pessoa cresce em um ambiente onde presencia diversas agressões e acaba acreditando que esse tipo de situação é normal. Então, o nosso objetivo aqui hoje é mostrar para vocês que isso não pode ser normalizado e apresentar os caminhos que podem ser seguidos para que vocês se sintam protegidos”, explicou.

A delegada Luiza Perez Moraes apresentou aos estudantes os tipos e o ciclo da violência doméstica e também ressaltou a importância do olhar crítico sobre as relações e a conscientização das novas gerações. “Precisamos olhar para o futuro mantendo o foco na essência desta luta social, lembrando das mulheres que vieram antes de nós e pensando nas que virão depois. Esperamos que vocês, que são o futuro da sociedade, cresçam e vivam numa sociedade onde a mulher possa ser feliz por ser quem ela é”, destacou.

A enfermeira e servidora pública, Daniele Santoro, relatou aos adolescentes a situação de violência que vivenciou durante anos com o ex-marido e salientou a importância de buscar apoio em casos assim. “Espero que a minha história sirva de exemplo, que as pessoas vejam que é possível, sim, sair dessa situação e que buscar ajuda não é motivo de vergonha. Que é possível se recuperar e se reconstruir apesar da violência”, relatou.

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