Cachorrinha foi localizada nesta quarta-feira, vinte e dois dias após acidente na rodovia PR-317
No dia de Ano Novo, a cadela Mel, parte de uma família de Campo Mourão, viveu um trágico acidente na PR-317, em Maringá. O seu tutor, Marcos Aurélio Adamzuk, perdeu a vida na colisão, e Mel desapareceu logo após o impacto. No entanto, 22 dias depois, ela foi reencontrada na região do aeroporto de Maringá.
Mel era a fiel companheira de Marcos, que faleceu em um acidente de carro no dia 1º de janeiro. O veículo que ele dirigia colidiu violentamente contra uma árvore. Sua esposa, que também estava no carro, foi hospitalizada em estado grave e ainda está em recuperação. Mel, que estava com a família no momento do acidente, sumiu após a batida. O genro de Marcos, Alexandro Luiz Dias, que dirigia um carro logo atrás, viu Mel logo após a colisão: “No dia do acidente, percebi que era meu sogro que havia sofrido o acidente quando avistei Mel correndo no canteiro central da rodovia. Fiquei assustado ao ver a cena e, ao olhar para o lado, vi o carro já batido na árvore. Imediatamente percebi que eram meu sogro e minha sogra que estavam lá”, relembra Alexandro.
Após o velório e sepultamento de Marcos, a busca por Mel se tornou uma verdadeira via crucis para a família, especialmente para Alexandro. Ele recebeu o apoio de uma rede de protetores de animais de Maringá, que se mobilizou para ajudar a reencontrar a cadelinha. Mel foi avistada na região do aeroporto, e Alexandro, que reside em Campo Mourão, a uma hora de viagem de Maringá, não hesitou em vir diversas vezes ao longo do dia assim que alguém relatava tê-la visto. Ele chegou a montar uma armadilha improvisada: uma casinha com água, comida e objetos que pertenciam a Mel, na esperança de atraí-la, mas a cachorrinha sempre escapava ao se aproximarem.
Finalmente, na quarta-feira, 22 dias depois do acidente, Alexandro conseguiu resgatar Mel, que estava bastante debilitada. A insistência em sua busca pode parecer incomum para muitos que teriam desistido, mas para Alexandro foi uma demonstração de amor, não apenas por Mel, mas também pela memória de Marcos. “Eles eram muito ligados. Iam pescar juntos e a levavam a todos os lugares. Ela era mais que um animal para nós; era parte da família. Encontrá-la é muito importante, especialmente porque a dor pela perda do meu sogro ainda é muito forte. Trazer Mel de volta para minha sogra é uma maneira de amenizar essa dor e essa perda”, diz Alexandro.
Após seu resgate, Mel passou por uma consulta veterinária e está se recuperando bem.
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Com informações do GMC Online e iTribuna
