Filha de prefeita entre as pacientes mantidas em cárcere em clínica interditada no Paraná

Os dois responsáveis pelo estabelecimento chegaram a ser presos, mas já foram soltos.
Uma estudante de medicina, filha de uma prefeita do interior do Paraná, estava entre as 15 mulheres resgatadas de uma clínica de reabilitação em Antonina, no litoral do estado, onde eram mantidas em situação de cárcere privado. O caso veio à tona na semana passada. Os dois responsáveis pelo estabelecimento chegaram a ser presos, mas já foram soltos.
As pacientes relataram a existência de um espaço chamado “quarto zero”, temido por todas. Pelo menos três delas mencionaram que a estudante de medicina havia sido levada para esse local algumas vezes como forma de punição.
Relatos de castigos no ‘quarto zero’
Segundo os depoimentos, a jovem foi trancada no quarto zero por ser considerada “rebelde”. De acordo com as testemunhas, o cômodo era fechado com cadeado e, inicialmente, elas não sabiam que algumas internas também eram algemadas lá dentro.
Uma das mulheres contou que a filha da prefeita estava presa no quarto zero no momento em que a polícia chegou ao local, sendo solta imediatamente.
“No depoimento, uma das pacientes afirmou que a jovem ficava trancada no quarto por um ou dois dias seguidos e, para fazer suas necessidades, usava um balde. Os responsáveis levavam um prato de comida para ela e, em seguida, voltavam a trancar a porta. Sobre a oferta de água, a testemunha disse que a jovem só recebia quando começava a gritar”, detalhou uma das vítimas.
As investigações continuam para esclarecer todos os aspectos desse caso e identificar possíveis outros envolvidos
Via: TN Online (com Banda B)