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Veja três dicas simples para ser mais feliz (mesmo com problemas)

Dia Internacional da Felicidade, celebrado nesta quinta (20), foi criado em 2012 pela Assembleia Geral das Nações Unidas

O Dia Internacional da Felicidade é celebrado nesta quinta-feira (20). A data foi criada em 2012 pela Assembleia Geral das Nações Unidas para que seus países-membros desenvolvessem políticas públicas para que suas populações fossem mais felizes.

O texto da resolução afirma: “A Assembleia Geral, consciente de que a busca pela felicidade é um objetivo humano fundamental, reconhecendo também a necessidade de uma abordagem mais inclusiva, equitativa e equilibrada para o crescimento econômico que promova o desenvolvimento sustentável, a erradicação da pobreza, a felicidade e o bem-estar de todos os povos, decide proclamar 20 de março como o Dia Internacional da Felicidade”.

Para a celebração de hoje, logo, a felicidade é vista de forma menos individual e mais inserida em um contexto social, político e econômico.

A imagem apresenta uma ilustração estilizada de uma pessoa caminhando. O fundo é dividido em três partes: à esquerda, um sol laranja brilha sobre um campo verde com flores coloridas; no centro, a figura da pessoa, com cabelo azul e vestindo uma blusa marrom e calças azuis; à direita, nuvens cinzas em um céu azul escuro. A composição sugere uma transição entre diferentes climas ou estados de espírito.
Apesar dos problemas, é possível tomar atitudes do dia a dia que reduzem sintomas de depressão e ansiedade e que nos deixam mais felizes – Catarina Pignato/Folhapress

Uma pesquisa realizada pelo Instituto Cactus, entidade filantrópica com foco em saúde mental, publicada em agosto de 2023, mostrou que a situação financeira representa a principal preocupação que afeta a saúde mental dos brasileiros. Mulheres, jovens, pessoas trans e em busca de emprego são as que têm a saúde mental mais afetada, apontou o levantamento.

Mas, apesar das circunstâncias em que estamos inseridos, é possível, de acordo com pesquisas científicas e especialistas em saúde mental, diminuirmos sintomas de depressão, estresse e ansiedade que interferem na nossa sensação de bem-estar.

Aprecie a natureza

Passar ao menos dez minutos em contato com a natureza ajuda a aliviar sintomas de ansiedade, estresse e depressão, de acordo um estudo revisado por pares da Universidade de Utah, nos EUA, publicado na revista Ecopsicologia.

O resultado mostrou que espaços ao ar livre com água —como rios, lagos e oceanos— e atividades como acampamento e jardinagem têm o maior impacto positivo. Mas a natureza urbana, como parques, montanhas e florestas, também oferece efeitos significativos.

Movimente o corpo

Uma pesquisa brasileira revelou que mesmo níveis baixos de atividade física melhoram sintomas depressivos. Foram considerados dados de uma coorte de 58.445 brasileiros adultos (68,6% homens e 31,4% mulheres) com idade média de 42,2 anos atendidos no Centro de Medicina Preventiva do Hospital Israelita Albert Einstein ao longo de 14 anos

O levantamento apontou que os pacientes com prevalência de quadros de depressão eram mais jovens, sedentários e já possuíam maior índice de massa corporal (IMC), configurando um sobrepeso alto (acima de IMC 26 e 27). Essas pessoas passavam mais tempo sentadas durante a semana e o fim de semana e também tiveram maior presença de comorbidades como hipertensão e diabetes.

Controle o uso de redes sociais

O uso de redes sociais por adolescentes está fortemente correlacionado a níveis mais altos de ansiedade e depressão, de acordo com um estudo da Universidade de Oxford.

O hábito de se distrair vendo posts é comum para pessoas de todas as idades. De acordo com uma pesquisa divulgada pela agência de marketing Sortlis, os brasileiros passam em média 3 horas e 42 minutos por dia usando as ferramentas.

“Como somos levados a ver a vida dos outros a todo instante, vendendo uma rotina de realização e felicidade constante, comparamos com as nossas vidas e nos sentimos piores por não conseguirmos determinados status sociais ou uma alegria sem fim”, afirma o psicólogo Luiz Mafle, professor de psicologia e doutor em psicologia pela PUC Minas (Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais) e pela Universidade de Genebra.

Nesse processo de comparação, somos acometidos por pensamentos de desvalorização e tentamos buscar soluções para solucionar os problemas que elas estão gerando, conta o psicólogo.

Isso aumenta a ansiedade e sintomas depressivos, pois nunca conseguimos alcançar aquela suposta felicidade que só existe no mundo virtual.

FOLHA DE SÃO PAULO

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