Coamo tem receita global de R$ 28,82 bilhões e sobra liquida de R$ 2,028 bilhões
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A Coamo Agroindustrial Cooperativa registrou em 2024 receita global de R$ 28,823 bilhões. A sobra líquida atingiu o montante de R$ 2,028 bilhões. Deste valor, após a dedução estatutária, estão sendo distribuídos aos mais de 32 mil cooperados no Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul mais de R$ 694 milhões, na proporção da movimentação na cooperativa. Os números foram aprovados pelos cooperados nesta terça-feira, 11, em Assembleia Geral Ordinária realizada em Campo Mourão, no Centro-Oeste do Paraná.
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CLIMA E PREÇO – Segundo o presidente do Conselho de Administração da Coamo, engenheiro agrônomo, José Aroldo Gallassini, diferente dos últimos, o ano de 2024 não foi o esperado pelos cooperados, e devido ao clima desfavorável, houve queda significativa de produção dos principais produtos operados pela cooperativa, bem como, redução significativa dos preços de mercado, tendo como consequência a perda de renda na atividade agrícola.
Para Gallassini, tendo em vista o alto volume dos estoques de passagem de 2023 para 2024, o ano foi difícil para a cooperativa, principalmente em se tratando das operações logísticas, as quais exigiram um grande esforço da diretoria para manter a qualidade no atendimento dos associados. “Ao longo do ano, a Coamo concentrou seus esforços na modernização e otimização da infraestrutura operacional, direcionando investimentos para soluções práticas e eficientes.”
ESSÊNCIA – O presidente Executivo da Coamo, Airton Galinari, destaca que os resultados da cooperativa em 2024 aprovados pelos cooperados são expressivos e motivos de orgulho para todos. Ele recorda que apesar de um ano com dificuldades, com grandes desafios, a diretoria e equipe de funcionários em sintonia com os cooperados, consolidou os valores e a essência de um cooperativismo bem-sucedido nesses 54 anos de existência da Coamo. “Como apresentamos nesta assembleia, os cooperados da Coamo receberam grandes benefícios durante o ano, como assistência técnica, tecnologias, fornecimento de insumos, comercialização da produção, entre outros. Enfim, tudo com tranquilidade e segurança, com produtos e serviços de qualidade, e as melhores condições para impulsionar o desenvolvimento das suas atividades agropecuárias.”
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R$ 824 MILHÕES – Segundo Galinari, os bons resultados são frutos da participação expressiva dos cooperados na Coamo. Eles estão recebendo sobras de mais de R$ 694 milhões, mas os números são ainda maiores. “Este benefício aos cooperados é muito maior e alcança R$ 824 milhões, que além das sobras somados os retornos da participação em programas permanentes, como o Fideliza (R$ 83,1 milhões), mais de R$ 24,5 milhões (Devolução do capital social aos cooperados com mais de 65 anos); e R$ 22.24 milhões (Devolução de ICMS). Dentro da sua responsabilidade empresarial e social, a Coamo gerou e recolheu o montante de R$ 839,703 milhões de reais em impostos, taxas e contribuições sociais.
ÍNDÍCES – O Patrimônio Líquido da Coamo atingiu o montante de R$ R$ 11,995 bilhões, representando um crescimento de 13,0% em relação ao ano anterior; e o Ativo Total atingiu o montante de R$ 19,492 bilhões. A liquidez corrente foi de 2,72; liquidez geral 1,79; margem de garantia 259,98% e o grau de endividamento de 38,46%, refletindo a boa situação econômico-financeira da cooperativa.
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RECEBIMENTO DA PRODUÇÃO – Mesmo com os problemas climáticos durante o ano, a Coamo recebeu um total de 8,024 milhões de toneladas de produtos agrícolas, o equivalente a 133,731 milhões de sacas, representando 2,7% da produção brasileira de grãos e fibras, com uma capacidade de armazenamento de 6,264 milhões de toneladas de grãos (104,396 milhões de sacas). Durante o ano devido ao alto volume de estoque de passagem, a cooperativa teve muito trabalho para o recebimento da produção e recorreu a armazéns de terceiros, silos bolsas e infláveis, além de armazenar em algumas unidades por curto espaço de tempo em “piscinas”.
INVESTIMENTOS – Em 2024 a Coamo investiu R$ 1,202 bilhão na ampliação e modernização de entrepostos, unidades de beneficiamento de sementes, indústrias, a conclusão da indústria de rações e o início da construção do novo entreposto no município Campina da Lagoa, no Centro-Oeste do Paraná, e o lançamento da indústria de etanol de milho no parque fabril em Campo Mourão. “Esses investimentos reforçam o compromisso da Coamo com a excelência operacional e o desenvolvimento sustentável”, considera Airton Galinari.
COMMIODITIES – Mesmo com a quebra de safras, os volumes comercializados de produtos não sofreram com os elevados estoques de passagem de safras anteriores. Nos piores momentos de comercialização da soja, o preço por saca atingiu R$ 99,00. Porém, devido os fatores positivos de mercado, houve recuperação dos preços, chegando no final do ano a níveis de R$ 130,00 por saca. O milho apresentou queda de preço no momento da colheita, porém devido aos volumes exportados e a demanda interna, os preços foram elevados no segundo semestre, superando R$ 60,00 por saca, em Campo Mourão. Embora o trigo tenha registrado redução da área de plantio, no momento da colheita, a alta do dólar proporcionou preços para níveis próximos a R$ 75,00 por saca, para o trigo pão tipo 1.
EXPORTAÇÃO – A Coamo exportou 4,341 milhões de toneladas de commodities e produtos alimentícios, pelos portos de Paranaguá, no Paraná, São Francisco e Imbituba, em Santa Catarina e Santos, em São Paulo, destinadas à 31 países da Europa, Ásia e América, gerando um faturamento de US$ 1,878 bilhão de dólares.
INDUSTRIALIZAÇÃO – As fábricas da cooperativa têm o propósito de industrializar os produtos dos cooperados e agregar valor às suas atividades dos cooperados. O parque industrial da Coamo é composto por 12 indústrias, localizadas em Campo Mourão e Paranaguá, no Paraná, e em Dourados (Mato Grosso do Sul), sendo três de esmagamento de soja, uma de margarinas, uma de gorduras vegetais, duas refinarias e envase de óleo de soja, dois moinhos de trigo, uma torrefação e moagem de café, uma de rações e uma fiação de algodão.
FATORES DE SUCESSO – “Graças a política de administração praticada desde o início da Coamo, priorizando a capitalização constante, suplantamos as dificuldades apresentadas e com a participação expressiva dos nossos cooperados encerramos o exercício com bons resultados”, comenta Gallassini, reiterando o agradecimento ao trabalho, dedicação dos nossos mais de 10 mil funcionários e dos membros dos conselhos de Administração e Fiscal, e da diretoria Executiva, que, juntos, foram fundamentais para nosso crescimento e realizações. “Registramos também a colaboração e parceria de nossos clientes, fornecedores, consumidores, instituições financeiras e entidades, que acreditaram em nossa missão e nos apoiaram em nossa missão e nos apoiaram em nossa trajetória”, diz Gallassini.