Luzes ‘misteriosas’ no céu de Maringá e cidades da região chamaram a atenção de moradores na noite desta segunda-feira, 6. As imagens foram registradas por um seguidor da página Dicionário Maringaense – veja o vídeo abaixo.
Nos comentários da publicação, alguns seguidores relataram estarem assustados com o fenômeno. “Eu vi também!!!!! Fiquei paralisada”, disse uma usuária da rede social. “Eu tenho uma amiga minha que viu, ela estava em choque”, disse outra.
As luzes puderam ser vistas no céu de várias cidades da região, como Floresta, além de cidades do interior de São Paulo, como Indaiatuba. De acordo com os seguidores da página, era uma faixa de luz bem alta, com um ponto de luz acompanhando abaixo, que não fazia barulho e se movia no céu. Em seguida, a luz sumia.
Mas o que de fato são essas luzes misteriosas?
O que muitos pensaram ser de origem alienígena, na verdade eram apenas os satélites Starlink, de acordo com o Observatório Astronômico Estrela do Sul (OES), de Sarandi-PR. A Starlink faz parte da Space X, empresa de exploração espacial do bilionário Elon Musk, e produz uma constelação de satélites projetada para fornecer internet de alta velocidade globalmente.
Segundo o OES, uma rede de satélites foi a responsável pelo fenômeno visual. Quando recém lançada, os satélites ficam próximos uns dos outros, enfileirados em formato cilíndrico, o que cria as faixas de luz que puderam ser observadas. Com o tempo, eles se distanciam e somem da vista a olho nu.
Em 2022, a Starlink foi autorizada para operar satélites de órbita baixa no Brasil. O objetivo é levar internet para áreas rurais e lugares remotos, além de ajudar no controle de incêndios e desmatamentos ilegais na floresta amazônica.
A internet da Starlink, de acordo com informações da empresa, funciona enviando informações através do vácuo do espaço, onde se desloca mais rapidamente do que em cabos de fibra óptica, o que a torna mais acessível a mais pessoas e locais.
Segundo a Starlink, enquanto a maioria dos serviços de internet por satélite atuais são possibilitados por satélites geoestacionários simples que orbitam o planeta a cerca de 35 mil km de altitude, a Starlink é uma constelação de vários satélites que orbitam o planeta a uma distância mais próxima da Terra, a cerca de 550 km.
Uma vez que estão em baixa órbita, o tempo de envio e recepção de dados entre o utilizador e o satélite – a latência – é muito menor do que com satélites em órbita geoestacionária, diz a empresa.
O direito de exploração pela Starlink no Brasil deve valer até 2027.
Veja o vídeo
Fonte: GMC Online
