Em alta, sósias de Jesus faturam até R$ 1.200 por hora no período natalino
Contratados posam até para recriar o ambiente do célebre Sermão da Montanha e dar um tom ‘realista’ ao Natal de fiéis
Não é só o trabalho de Papai Noel em shoppings que salva a conta bancária de muita gente no fim de ano. Ser sósia de ninguém menos que Jesus, o grande homenageado no Natal, também confere uma boa renda extra neste período de festas.
Em dezembro, homens com imagem e semelhança de Jesus estão em alta. Importante dizer: parecidos com a imagem que a Igreja Católica divulgou como a do nazareno, com traços mais ocidentalizados, que é bem diferente da que apontam os historiadores.
Os sósias são amplamente requisitados para posar em retratos de famílias, anúncios de casamento, cartões de Natal e qualquer evento em que possam incorporar um Jesus “ressuscitado”. A ideia é trazer um “realismo” aos empreendimentos natalinos e deixá-los “mais personalizados”.
Cabelo longo, barba e corpo magro são os requisitos básicos. O restante fica por conta do imaginário coletivo, que costuma ver a figura de Jesus até nos detalhes da madeira de uma porta. Um sósia chega a faturar R$ 1.200 por hora no período natalino. Alguns chegam a reproduzir cenas da crucificação no job.
É o caso de Bob Sagers, que tem usado sua aparência para modelar como o “Messias” após ser descoberto em um festival de música indie em Salt Lake City (Utah, EUA), numa região de forte apelo cristão.
“Eu sou um Jesus bem alto”, afirmou o americano, que mede 1,95m.
Mas, em muitas ocasiões, não basta a semelhança. Os sósias muitas vezes precisam vestir uma túnica típica dos tempos de Jesus, andar com um cajado e incorporar um gestual cristão. Tudo para que a iniciativa seja o mais próximo possível do “real”, quase 2 mil anos após a morte do “salvador”.
A fotógrafa MaKayla Avalos, de Ogden (Utah), entrou na onda e se tornou especialista em ensaios com tons bíblicos. Ela costuma ser contratada por famílias que querem posar com o “Senhor”, reproduzindo até o clima do célebre Sermão da Montanha.
Jai Knighton, um modelo e dançarino profissional que já virou “Jesus” em várias sessões de retratos de famílias, revelou uma declaração no mínimo curiosa de um cliente fervoroso: “Seja a pessoa mais parecida com Cristo que você puder ser, ou as pessoas serão capazes de dizer pelas fotos que não é real”.
Já Terry Holker, que é cristão metodista, descobriu potencial na sua aparência quando foi parado por uma mulher numa rua acreditando que ele fosse o “Jesus real”. Ao contar que não era, a mulher disse que “estava à espera de um sinal”. Ele também.
Fonte: Page Not Found/Extra