Guilherme de Quadros Becher teria sacado duas armas e efetuado disparos, quando Neto Fadel teria agido em legítima defesa
O Portal aRede conversou na madrugada desta quinta-feira (21) com o delegado responsável pelo ‘Setor de Homicídios’ de Ponta Grossa, Luís Gustavo Timossi, que trouxe mais detalhes sobre a morte do empresário Guilherme de Quadros Becher – relembre a notícia clicando aqui. O homem foi baleado pelo presidente da Câmara Municipal de Castro, Neto Fadel, após legítima defesa, como aponta a investigação inicial da Polícia Civil do Paraná (PC/PR) – veja o vídeo abaixo.
Conforme as informações repassadas ao Portal aRede, os agentes de segurança foram acionados, no fim da tarde da última quarta-feira (20), para uma situação num condomínio de chácaras, localizado na divisa de Ponta Grossa e Carambeí – nas proximidades da Maltaria Campos Gerais. No local, os policiais foram informados de que um empresário havia sido baleado e que o suspeito dos disparos seria um ex-candidato a prefeito de Castro.
Ao conversar com testemunhas, foi informado à polícia que Guilherme estaria embriagado, “ao que parece, e teria se incomodado em razão de crianças estarem andando com um quadriciclo no condomínio de chácaras. Estava incomodado com o barulho”, disse em entrevista exclusiva ao Portal aRede. Na sequência, a vítima efetuou disparos de arma de fogo, de dentro de sua propriedade, com o intuito de intimidar as pessoas que estavam no local.
Em razão dos barulhos, a família do vereador foi até a residência, com o intuito de verificar o que estaria ocorrendo. A mãe da vítima saiu do imóvel e relatou que seu filho (Guilherme) estaria alterado e armado. Em determinado momento, o empresário saiu da propriedade “com duas armas de fogo, armas que foram apreendidas, sacado as duas armas e efetuado diversos disparos de arma de fogo em direção às pessoas que estavam na propriedade do vereador”.
LEGÍTIMA DEFESA – Diante dos fatos, conforme a fala do delegado Luís Gustavo Timossi, Neto Fadel, “que tem porte de arma de fogo concedido pela Polícia Federal (PF), estava regular e porte também, efetuou disparos visando preservar a vida dele, de familiares e amigos que estavam no local”, explica ao Portal aRede. Ao ser atingido (a quantidade de disparos está sendo apurada pela necropsia), equipes da Polícia Militar (PM/PR) e de socorro foram acionadas.
Apesar do acionamento médico, familiares de Guilherme decidiram levar ele ao hospital – de acordo com o delegado, amigos do vereador também auxiliaram a colocar a vítima num automóvel. Mesmo com os esforços, o empresário veio a óbito no Hospital do Coração Bom Jesus. Ainda não há informações sobre o velório nem sobre o sepultamento de Guilherme. Nas redes sociais, amigos e familiares lamentaram o falecimento.
INVESTIGAÇÃO – Diante dos fatos, a Polícia Civil deu início à apuração do caso. Segundo o delegado Timossi, pessoas que estavam na residência com Neto Fadel foram voluntariamente à 13ª Subdivisão Policial (13ª S.D.P.) para os esclarecimentos. Entretanto, a autoridade policial informou que familiares de Guilherme se recusaram a acompanhar os policiais, bem como a prestarem depoimento sobre a ocorrência (eles serão ouvidos nos próximos dias).
Agora, um inquérito deverá ser instaurado para investigar o acontecimento, bem como a Polícia Civil ouvirá novas testemunhas para esclarecer os fatos.
NETO FADEL – O atual presidente da Câmara Municipal de Castro, ex-prefeito interino e ex-candidato ao Poder Executivo castrense, foi liberado após a oitiva. Segundo o delegado, “após ouvir os envolvidos, avaliando a presença de indícios que apontam que os disparos realizados contra Guilherme se deram em contexto de legítima defesa, Luís Gustavo Timossi, decidiu não atuar Miguel, que acabou sendo liberado”, informa a nota da Polícia Civil encaminhada à imprensa.
Via: aRede