Nos Estados Unidos, as autoridades de saúde monitoram o aumento de casos da covid-19 e da dengue. A situação epidemiológica ainda está sob controle, mas a tendência é que o quadro avance. Em paralelo, existem preocupações envolvendo a febre do Nilo Ocidental (doença viral transmitida por mosquitos).
Em relação à covid-19, os monitores do Centro de Controle de Doenças (CDC) apontam para uma tendência de alta de casos, com base na taxa de positividade dos testes e das hospitalizações. Além disso, os indicadores das águas residuais (do esgoto) dão indícios de uma possível nova onda de casos.
A situação da dengue, doença transmitida por mosquitos que se proliferam mais durante o verão do Hemisfério Norte, também gera alerta. Entretanto, as taxas de incidência na população em geral são baixas.
Tanto a dengue quanto a febre do Nilo Ocidental são infecções causadas por mosquitos contaminados e que causam febre aguda e dores no corpo. Esses sintomas iniciais podem ser confundidos com a covid-19, podendo atrapalhar os diagnósticos. Inclusive, dá para pegar dengue e covid ao mesmo tempo.
Casos da covid nos EUA
Segundo os monitores da CDC, a taxa de positividade nos testes da covid-19 é estimada em 12,6%, sendo que era de 11,4% na última semana. Além disso, a taxa de hospitalização por causa do coronavírus SARS-CoV-2 está em 2,5, sendo que era de 2,1 na semana passada.
Este crescimento dos casos da covid-19 está relacionado com a disseminação de novas cepas entre os norte-americanos. São as variantes KP.3, KP.2, KP.1 e LB.1, descendentes da Ômicron.
Indicadores na água do esgoto
Outro ponto que chama a atenção é o monitoramento das águas residuais. No momento, 17 estados dos EUA apresentam elevados níveis do vírus da covid-19 nessas águas, segundo o CDC.
“Nacionalmente, os dados de águas residuais têm mostrado níveis crescentes de atividade viral do SARS-CoV-2 nas últimas semanas. Esta semana, o nível nacional é alto”, afirma Kate Fowlie, porta-voz do CDC, para o site Newsweek.
Aqui, vale mencionar que a análise de esgoto é uma das formas de prever possíveis aumentos de casos da covid-19 e surtos. Isso porque a análise detecta a circulação de vírus em uma comunidade, antes mesmo das pessoas apresentarem sintomas e buscarem ajuda médica.
Casos de dengue em ascensão
O CDC já alerta para o risco de aumento de casos da dengue nos EUA. Na segunda-feira (22), o estado da Flórida liderava o ranking de registros da doença, com 225 casos. Em seguida, estão Nova York (143 casos) e Massachusetts (62).
Considerando o cenário brasileiro, seria possível dizer que a situação está totalmente sob controle. No entanto, a disseminação da doença não é tão comum no país. Isso pode possibilitar eventuais surtos, considerando que a população não têm nenhuma imunidade prévia.
De forma preventiva, alguns estados capturam mosquitos nas cidades e os levam para análise em laboratório. A ideia é entender quais vetores estão em circulação e se os insetos estão contaminados por algum patógeno.
Atenção com a febre do Nilo Ocidental
Das três doenças, a situação com a febre do Nilo Ocidental é a que está mais sob controle. Até o momento, 14 estados norte-americanos relataram 25 casos da doença, segundo o CDC. Isso é bem menos que os 117 casos confirmados no mesmo período, durante o ano passado.
Entretanto, as autoridades de saúde monitoram ativamente a doença e captam mosquitos para análise laboratorial, como ocorre com a dengue.
“A confirmação do vírus do Nilo Ocidental em amostras de mosquitos indica a presença do vírus na área”, afirma Gregson Pigott, agente de saúde do Condado de Suffolk (no estado de Nova York), segundo a ABC.
“Embora não haja motivo para alarme, aconselhamos os moradores a cooperar conosco em nossos esforços para reduzir a exposição ao vírus do Nilo Ocidental e outras doenças transmitidas por mosquitos”, completa Pigott.
