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Pais das adolescentes que violaram túmulo pedem desculpas pelo ato das jovens

Pai de uma das jovens e padrasto de outra pede perdão à comunidade e afirma que jovens terão que arcar com as consequências do ato

Os familiares das adolescentes que violaram um túmulo de um cemitério em Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba, pediram desculpas pela conduta das jovens. Além de violar uma sepultura, as meninas gravaram um vídeo fazendo diversas brincadeiras sobre o estado do cadáver que elas retiraram do túmulo.

Ouvido pela equipe da RICtv quando acompanhava o depoimento da filha na delegacia, o pai de uma das jovens pediu desculpas a toda a sociedade pelo vilipêndio do cadáver.

“Eu me sinto muito mal porque a gente tem entes queridos enterrados também. Foi uma falta de consideração. Eu peço desculpas à população, eu sei que tem muita gente revoltada, eu entendo. O pessoal falou que nós somos pais irresponsáveis, mas não somos irresponsáveis, somos trabalhadores. Infelizmente aconteceu. Agora ela vai falar com a delegada e vai ter que arcar com as consequências”, afirma o pai.

Outro homem, que é pai de uma das meninas e padrasto de outra, também lamentou o ato das jovens e pediu perdão à toda a comunidade de Piraquara.

“O que elas me relataram é que elas estavam andando na rua próximo a esse cemitério e resolveram entrar. E passando pelo local onde estava esse túmulo, viram que ele estava aberto. E a curiosidade delas foi tocar nesses restos mortais da pessoa que estava ali e puxar pra fora. Coisa inadmissível também. Então a gente pede desculpas à sociedade, a todo o povo, que nos perdoem e perdoem elas também, porque são adolescentes”, conta.

Jovens responderão por atos infracionais

Por serem menores de idade, as três adolescentes responderão por atos infracionais e não por crimes. Segundo a delegada Juliana Cordeiro, as penas nessa situação são bem mais brandas do que as que seriam aplicadas a maiores de idade.

Adolescentes gravaram momento em que retiraram o cadáver do túmulo, em cemitério (Foto: Reprodução/ RICtv)

“São duas irmãs e uma amiga, elas têm entre 14 e 17 anos e são todas moradoras de Piraquara. O adolescente não responde por crime, ele responde por ato infracional. Então essa situação em que elas se envolveram, que elas praticaram, é análoga ao crime de vilipêndio de cadáver. No Código Penal o crime de vilipêndio de cadáver tem pena de até três anos, mas isso é para maiores de idade. No caso de adolescentes, quando cometem ato infracional a punição é de outra forma, ela é mais branda, mas mesmo assim elas respondem por esses atos”, explica a delegada.

RIC Mais

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