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Dia Mundial do Doador de Sangue: 7 mitos e verdades sobre a doação de sangue

O sangue humano é insubstituível nos procedimentos médicos e em muitos tratamentos, por isso, não é exagero afirmar que a doação sanguínea pode salvar vidas.

Dois trabalhadores drenam o plasma, a parte do sangue rica em anticorpos, de uma bolsa de sangue.

Criado para ajudar a promover a coleta de sangue saudável e valorizar aqueles que doam, o Dia Mundial do Doador de Sangue, celebrado todo 14 de junho, surgiu na Assembléia Mundial da Saúde, em 2005. A data não foi eleita em vão: é uma homenagem ao nascimento de Karl Landsteiner, o imunologista austríaco que descobriu o fator Rh sanguíneo e as várias diferenças entre os tipos de sangue, como explica um artigo da Biblioteca Virtual do Ministério da Saúde do Brasil. 

Apesar de ser essencial em cirurgias, tratamentos e diversos outros procedimentos médicos, o sangue que chega a hospitais e centros de coleta ainda é pouco diante da demanda existente por ele na maioria dos países. “A maioria dos países de baixa e média renda luta para disponibilizar sangue seguro porque as doações são baixas e o equipamento para testar o sangue é escasso. Globalmente, 42% do sangue é coletado em países de alta renda, que abrigam apenas 16% da população mundial”, detalha a fonte do ministério brasileiro..

Por isso, a doação é tão importante e deve ser incentivada. E por isso também se faz necessário esclarecer mitos e verdades acerca da doação de sangueNational Geographic lista sete fatos sobre o sangue, a doação e as transfusões. Acompanhe abaixo. 

Uma enfermeira coleta sangue em um centro de Grove City, distrito localizado no estado norte-americano de ...
Uma enfermeira coleta sangue em um centro de Grove City, distrito localizado no estado norte-americano de Pensilvânia, nos Estados Unidos. 
FOTO DE BRIAN FINKE GETTY IMAGES

Mitos e verdades sobre a doação de sangue 

1. VERDADE: o sangue humano é insubstituível nos procedimentos médicos 
Não existe produção de sangue artificialmente e a única maneira de repor esse líquido tão essencial à vida no organismo é através da transfusão de sangue doado, como explica o artigo governamental. No entanto, esse sangue deve ficar armazenado em hemocentros ou bancos de sangue, para ser guardado de maneira correta e para manter-se livre de possíveis contaminações. 

2. MITO: só se pode doar sangue uma vez por ano 
É falsa a ideia de que a doação de sangue sobrecarrega ou causa algum dano ao organismo de indivíduos saudáveis. Segundo a Fundação Pró-Sangue – maior hemocentro do Brasil e que pertence ao estado de São Paulo – aqueles que preenchem os requisitos necessários para a doação podem fazê-la mais de uma vez ao ano. De acordo com a entidade, os intervalos de doação devem respeitar os seguintes períodos de tempo: 60 dias (máximo de 4 doações nos últimos 12 meses para os homens) e 90 dias (máximo de 03 doações nos últimos 12 meses) para as mulheres.

3. VERDADE: mulheres grávidas não devem doar sangue
A Pró-Sangue esclarece que a gravidez está na lista de impeditivos para a doação de sangue. A mulher segue sem poder fazer doações ainda 90 dias após parto normal e 180 dias após uma cirurgia cesarianaLactantes também não devem doar se o parto ocorreu há menos de 12 meses. 

4. MITO: doar sangue deixa a pessoa fraca
Essa afirmação é falsa, já que durante a doação são retirados aproximadamente 450 ml de sangue (através de inserção de uma agulha em um dos braços) e o corpo humano possui entre 4,5 e 6 litros de sangue correndo nas veias, como detalha o artigo de National Geographic “Quantos litros de sangue tem o corpo humano?”. Além disso, o sangue é periodicamente produzido pelo organismo humano, fazendo com que logo a quantidade retirada se estabilize.

Enfermeiros de um serviço que entrega sangue e plasma por drones a clínicas médicas e hospitais ...
Enfermeiros de um serviço que entrega sangue e plasma por drones a clínicas médicas e hospitais remotos na cidade de Muhanga, na Ruanda.
FOTO DE CIRIL JAZBEC

5. VERDADE: existem condições de saúde que impedem a doação de sangue em definitivo
Algumas doenças e condições físicas de indivíduos fazem com que eles não sejam elegíveis para ceder seu sangue aos hemocentros, explica a Pró-Sangue. Entre elas estão os portadores de doença de Parkinson; aqueles que tiveram hepatite após os 11 anos de idade; quem já teve hepatite B ou C em qualquer momento da vida; e quem já passou por Doença de ChagasTambém fica proibido de doar quem possuir qualquer evidência de enfermidade sanguínea infecciosa, como Aids ou que tenham o vírus HIV, e doenças associadas aos vírus HTLV 1 e 2. O uso de drogas ilícitas injetáveis também impede a doação de sangue.

6. MITO: Quem teve doenças como Covid-19dengue ou febre amarela não pode mais doar sangue
Algumas enfermidades, como a Covid-19a dengue, a febre amarela, malária ou herpes zoster podem impedir a doação de sangue enquanto estiverem ativas no corpo. A Fundação Pró-Sangue explica que é importante respeitar os períodos de tempo que garantam a cura desses problemas de saúde e garantam que o doador não possua mais nenhum vírus ativo no corpo. Ou seja, uma vez sã, a pessoa pode doar seu sangue no futuro.

7. VERDADE: existe um tipo de sangue que é considerado “doador universal”
Essa informação é verdadeira, pois a ciência já descobriu há décadas que o sangue do tipo O- (negativo) é esse doador universal, como explica a Pró-Sangue. Quem tiver esse tipo sanguíneo consegue doar para indivíduos com sangue A+, A-, B+, B-, AB+, AB-, O+ e O-. O tipo O+ (positivo) pode doar para quase todos os mesmos tipos, com exceção do O-. 

Fonte: National Geographic Brasil

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