Caiu no golpe do Pix? Confira como recuperar o dinheiro
Uma ação que vem fazendo cada vez mais vítimas no Brasil é o tão falado golpe do Pix. Nele, os criminosos comumente se passam por uma pessoa conhecida da vítima e pedem dinheiro para pagar uma dívida ou supostamente comprar algo que precisam.
Infelizmente, em muitas ocasiões o valor solicitado por essas pessoas não é baixo, deixando a vítima com grande prejuízo financeiro. Entretanto, há uma forma de tentar recuperar esse valor, e é exatamente sobre isso que falaremos a seguir.
Como acontece o golpe do Pix?
Por se tratar de um movimento que explora uma vulnerabilidade da vítima, o golpe do Pix possui algumas formas diferentes de abordagens. As mais conhecidas estão a seguir:
- Golpe do parente: a modalidade mais comum do golpe do Pix. Nela, o criminoso cria um perfil de alguém e entra em contato com seus familiares pedindo dinheiro. A abordagem padrão é dizer que precisa do valor para pagar dívidas;
- Golpe do produto ou loja falsa: nessa variante, os criminosos criam o perfil de uma loja que não existe e vendem produtos conhecidos por preços mais baixos. Porém, tudo é apenas fachada, e após fazer o pagamento a vítima espera por um produto que nunca vai receber;
- Golpe do investimento: o golpista entra em contato alegando possuir uma oportunidade incrível de investimento. Para participar, a vítima precisa fazer pelo menos um Pix para colocar as mãos em valores que não existem;
- Golpe da central de atendimento: modalidade bastante comum que vem ganhando cada vez mais atenção. A abordagem mais comum é por meio do WhatsApp para informar valores de uma compra indevida, posteriormente pedindo para transferir seu dinheiro para uma “conta segura” (que é a do golpista).
Essas são apenas algumas das abordagens para o golpe do Pix, mas não as únicas. Por isso, todo cuidado é pouco e sempre desconfie quando alguém pedir para fazer uma transferência de valor mais alto.
Como recuperar o dinheiro do golpe do Pix?
De imediato, é bom ressaltar que as vítimas do golpe do Pix podem, sim, recuperar o dinheiro transferido para a conta do criminoso. Porém, as chances disso acontecer são extremamente baixas, já que geralmente as contas que recebem os valores são geralmente emprestadas.
Confira a seguir o que é necessário fazer:
- Ao perceber que foi vítima do golpe do Pix, pare de falar com o golpista e, especialmente, fazer as transferências nos valores solicitados;
- Crie arquivos dessas conversas, seja com capturas de tela salvas em seu dispositivo ou computador. Lembre-se de anotar também o número de telefone usado para a abordagem, e não bloqueie o contato: isso pode ocultar a conversa;
- Documente também as transações realizadas, tentando manter nítidas informações como agência de destino, valores transferidos e horário da ação;
- Em posse destes dados, entre em contato com o seu banco para acionar o Mecanismo Especial de Devolução (MED). Ele irá notificar a instituição financeira que recebeu o valor, e esta passará a monitorar as transações para tentar realizar a devolução;
- Por fim, faça um boletim de ocorrência (físico ou virtual) para registrar de maneira formal que foi vítima de um golpe.
Vale lembrar que o MED pode ser acionado até 80 dias após o golpe. Além disso, o banco não vai tirar dinheiro do próprio bolso para devolver o montante perdido: ele retornará para a conta de origem em até 96 horas caso não tenha sido transferido. Todas as outras transações são monitoradas por até 90 dias para tentar reaver o dinheiro.
O que diz o Banco Central?
O Banco Central é a instituição máxima no Brasil entre os bancos. Por ser um golpe recorrente, ele alerta que a melhor forma para tentar recuperar o dinheiro é fazer a denúncia quanto antes.
“Quando uma pessoa percebe que foi vítima de uma fraude e fez uma transação Pix indevida, é essencial que atue rapidamente e registre o caso na instituição bancária, para que, por meio da infraestrutura do Pix a instituição de destino possa fazer o bloqueio dos recursos. Caso seja comprovada a fraude, é possível requisitar a devolução desses recursos”, explicou o Banco Central ao UOL.