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Mineira é a 1º mulher oficial de 3 estrelas na história das Forças Armadas Brasileira

Representatividade feminina nas Forças Armadas brasileiras. Carla Lyrio Martins se tornou a primeira mulher a alcançar o posto oficial de 3 estrelas, (major-brigadeiro), considerado um marco na trajetória militar do país.

Com uma trajetória marcada por dedicação e superação, Carla ingressou na Força Aérea Brasileira em 1990 e desde então tem sido pioneira em muitos aspectos. Hoje, a oficial não apenas quebra barreiras, mas também é um exemplo para futuras gerações de mulheres que sonham com a carreira militar.

“Encarei cada desafio com determinação. Os valores militares de respeito e trabalho em equipe sempre fizeram parte do meu dia a dia. Acredito que a confiança está intimamente ligada à entrega de resultados, e minha jornada foi moldada pela coragem, tenacidade e busca contínua por capacitação”, ressaltou a oficial.

Progresso e inclusão

Carla contou que as experiências que teve ao longo da carreira militar foram desafiadoras, por se tratar de um ambiente predominantemente masculino.

“Ninguém caminha sozinho e todas as conquistas são compartilhadas. É o resultado do trabalho das pessoas, em todas as esferas da Organização, que determina o bom cumprimento da missão, o sucesso de um projeto, a possibilidade de uma inovação”, explicou.

E não foi a primeira vez que a Carla mostrou que lugar de mulher é onde ela sonha!

Em 2020, ela foi a primeira mulher promovida ao generalato e a primeira a comandar uma organização militar na Força Aérea Brasileira (FAB).

“Sou a primeira, mas certamente, muitas outras virão”, apostou Carla.

Representatividade feminina avançou

Apesar de  adesão feminina à carreira militar ainda ser considerada pequena, a oficial garante que os avanços que as Forças Armadas têm realizado são motivo de comemoração.

“A diversidade de talentos, de competências e de habilidades são o que torna a Força adaptável, moderna, integrada e, sobretudo, resiliente. Alinhada, também, aos interesses da sociedade, que busca equidade e inclusão para seus cidadãos em todas as esferas”, defendeu Carla.

“Já estamos nas escolas de formação e em todas as áreas, operacionais e administrativas. E a questão não se trata apenas do quantitativo, há cada vez mais mulheres em cargos de comando, direção e chefia. Somos fundamentais para o alcance da missão institucional.”

Luta pela equidade

Dados do Ministério da Defesa mostram que, em 2020, mulheres compunham menos de 10% do efetivo total. Esses dados levaram a pressões externas, como a recente ação da Procuradoria-Geral da República no Supremo Tribunal Federal, buscando suspender normas que restringem vagas para mulheres nos quadros militares.

A procuradora interina, Elizeta Ramos, enfatizou o quão importante é a luta pela equidade.

“Não há fundamento razoável e constitucional para a restrição da participação feminina. Se consideramos que as mulheres são aptas para esses cargos, não é plausível estabelecer impedimentos, pois isso configura tratamento discriminatório”, explicou.

Já para Carla, a maior vitória dela é apenas o começo. A oficial garante que buscará ainda mais!

“Estou pronta para outros momentos, e trago uma alegria e um impulso ímpar para continuar na missão e para contribuir ainda mais com a Força Aérea Brasileira”, comemorou.

A major-brigadeiro acredita que mais mulheres em postos de controle é resposta das Forças Armadas à demanda social por equidade –
Foto: Sgt Johnson Barros/Força Aérea

Via: Só Notícia Boa (com informações de Eu Estudante)

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