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Juíza de SC que gritou com testemunha pede afastamento para tratar bipolaridade

Após “uma série de afastamentos”, desde janeiro de 2022 doença era considerada estabilizada

A juíza Kismara Brustolin, investigada pelo TRT-SC (Tribunal Regional do Trabalho) por gritar com uma testemunha durante uma audiência em Santa Catarina, pediu afastamento por 15 dias para tratamento de saúde, informou o órgão nesta quinta-feira (30).

Nos últimos 8 anos, a profissional chegou a ficar afastada por 90 dias a cada 12 meses para tratamento de bipolaridade.

Entre 2014 e 2021, a juíza tirou atestados frequentes, de 30 dias cada. Ao todo, foram cerca de três atestados de 30 dias por ano. Conforme o TRT-SC, desde janeiro de 2022, a doença era considerada estabilizada, mas segundo o laudo médico, é uma doença crônica, e a melhora poderia ser temporária.

O Conselho Nacional de Justiça determinou a instauração de Reclamação Disciplinar contra a juíza. Segundo o conselho, “a postura da juíza durante a audiência pode ter violado deveres funcionais da magistratura, dentre os quais o dever de urbanidade para com os advogados, partes e testemunhas”. O caso segue em investigação pela justiça catarinense.

Gritos na audiência

A audiência que a juíza grita com a testemunha aconteceu no dia 14 de novembro, mas ganhou repercussão apenas nesta terça-feira (28). “Você tem que dizer assim: o que a senhora deseja, excelência?”, fala Kismara durante a audiência.

Constrangido, a testemunha pergunta: “Eu sou obrigado a isso?”. Em resposta, a juíza fala: “O senhor não é obrigado, mas, se não fizer isso, seu depoimento termina por aqui e será totalmente desconsiderado”.

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