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Em Ubiratã, filho é condenado a 36 anos de prisão pela morte do pai radialista

Antônio Beckhauser (foto), 56 anos, foi morto a tiros dentro de casa em 2021. Filho Juliano Beckhauser, 35 anos, encomendou morte dos pais por dívida que seria paga com venda de casa deles, diz investigação. Outras duas pessoas também foram condenadas. Defesa de Juliano afirma que acredita na inocência dele e vai recorrer.

Juliano Beckhauser, de 35 anos, foi condenado a 36 anos e 8 meses de prisão por encomendar a morte do pai, o radialista Antônio Beckhauser, 56 anos, em 15 de setembro de 2021 e também da mãe. A mulher, no entanto, sobreviveu aos disparos.

O crime aconteceu em Ubiratã, a 96 km de Campo Mourão.

O condenado estava preso desde 6 de abril de 2022 após a investigação apontar que ele orquestrou o crime porque teria várias dívidas e viu uma oportunidade de quitá-las com a venda da casa da avó paterna avaliada em R$ 1 milhão. Relembre mais abaixo.

Eliel Neves de Souza, apontado como executor do crime foi condenado a 20 anos de prisão. Já Wellinton Henrique Souza Oliveira, que intermediou o contato entre Juliano e Eliel, foi condenado a 27 anos de prisão.

A defesa de Juliano afirma que acredita na defesa dele e vai recorrer da condenação.

“A defesa vai recorrer primeiramente pedindo a nulidade do júri, pois foi indeferido o pedido da participação do réu Juliano de forma presencial, porque era o desejo dele. E também porque a decisão do conselho de sentença foi contrária às provas apresentadas na sessão plenária. Entendemos também que este Júri jamais deveria ter ocorrido na cidade de Ubiratã, pois toda a sociedade ubirataense já tinha opinião formada sobre o caso. Inclusive ainda temos o recurso de pedido de desaforamento (para que o júri ocorresse em outra comarca) que ainda não foi julgado o mérito pelo TJPR”, disse em nota.

O g1 tenta contato com as defesas dos outros réus.

O júri, composto por sete mulheres, começou na quinta-feira (30) e terminou só na tarde desta sexta (1º).

A investigação

A investigação da Polícia Civil concluiu que Juliano armou com outros dois condenados um assalto à residência dos pais. Ocorreu assim, no dia do crime pai e filho assistiam a um jogo de futebol, momento em que um homem invadiu a casa e exigiu carteiras e celulares.

Ainda segundo a polícia, o radialista se levantou com as mãos para cima e não reagiu ao assalto. Apesar disso, o criminoso atirou contra a vítima e o filho dele. A mulher do radialista que estava no quarto também foi atingida por disparos.

De acordo com o delegado Ivo Viana, o filho foi atingido por um disparo na perna como parte da armação entre ele e os outros condenados.

Após o episódio, no decorrer da investigação a polícia descobriu que Juliano estava em conflito com os pais com relação a venda de uma casa que pertencia a avó – do agora condenado – avaliada em R$ 1 milhão.

Ainda conforme investigação, o homem de 35 anos encomendou a morte do pai e também da mãe, porque teria várias dívidas e viu uma oportunidade de quitá-las com a venda da casa da avó paterna.

Para a venda do imóvel, era necessária a assinatura do radialista uma vez que a avó é viúva. Contudo, de acordo com a polícia, os pais e o restante da família não concordavam com a venda da casa.

A investigação, conforme o delegado, começou como um latrocínio (roubo seguido de morte), mas, pela análise do local do crime, a polícia descobriu que se tratava de um homicídio encomendado pelo filho.

Segundo o delegado, o filho se mudou para Mato Grosso quando percebeu que as investigações levavam até ele.

Fonte: G1/Globo

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