Soja sobe mais de 1% em Chicago na manhã desta 2ª de olho no clima adverso da América do Sul
Os preços da soja sobem mais de 1% na Bolsa de Chicago na manhã desta segunda-feira (6), dando sequência aos ganhos da última semana. Por volta de 7h30 (horário de Brasília), as cotações subiam entre 14,50 e 17,50 pontos nos principais contratos, levando oo novembro a US$ 13,45 e o maio a US$ 13,93 por bushel. No complexo, subiam ainda os futuros do óleo, também com ganhos de mais de 1%, enquanto o farelo trabalhava com estabilidade.
O clima adverso na América do Sul permanece como um dos principais combustíveis para o avanço dos preços da oleaginosa na CBOT. O final de semana foi ainda de tempo seco em regiões importantes não só do Brasil, mas também da Argentina e do Paraguai – o que também preocupa – e as previsões ainda não indicam as melhores condições para a sequência da safra 2023/24.
“No Brasil tivemos algumas chuvas no Centro oeste na sexta feira para Sábado. Tivemos chuvas leves em SC, Chuvas em parte do PR, SP,MG, MT, GO,e parte do MA, PI, e BA, mas foi só. As previsões de acordo com o GFS para os próximos 10 dias é de tempo chuvoso no RS e parte de SC. O restante do país é de clima com chuvas muito abaixo do normal”, afirma o diretor geral do Grupo Labhoro, Ginaldo Sousa. “O fenômeno El Niño está devidamente estabelecido, provocando chuvas em excesso no Sul do Brasil com seca nas áreas centrais e MATOPIBA”.
Com isso, os dados seguem indicando um plantio ainda atrasado no Brasil. Os números reportados pela Pátria Agronegócios na última sexta-feira (3) apontaram que a semeadura da soja atingiu 50,67% na semana, contra 64,64% em 2022 e 59,54% na média dos últimos 5 anos. “O avanço percentual da semana foi de apenas 11,5%, se mantendo como o avanço sazonal mais lento desde 2015. Destaque para o Mato Grosso e Rondônia, onde os trabalhos de campo enfrentam grandes dificuldades de aceleração com a falta de chuvas”, apontou o reporte semanal da consultoria.
Além dos fundamentos, em especial os de clima neste momento, os traders também seguem atentos ao mercado financeiro – com destaque para o futuro da economia americana – e ao quadro geopolítico.