Em C. Mourão, lixo reciclável misturado com orgânico não será coletado
Objetivo é aumentar o alcance da coleta seletiva e reduzir a quantidade de lixo depositado no Aterro Sanitário
A Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Bem-Estar Animal (SEMA) iniciará o novo projeto “SeparAÇÃO: Adesivos que Transformam Atitudes”. O projeto consiste em campanha educativa com adesivagem dos sacos de lixo em que os resíduos não estiverem separados. Quando a Coleta Seletiva de Recicláveis identificar lixo comum, os coletores deixarão a embalagem na lixeira e vão colar o adesivo, apontando a necessidade de fazer a devida separação.
O intuito é informar o munícipe que devido a não separação, os resíduos recicláveis do local não foram coletados. “O objetivo é aumentar o alcance da coleta seletiva e reduzir a quantidade de lixo depositado no Aterro Sanitário”, explica o secretário municipal Franco Freire Sanches.
Campo Mourão acompanha a média do Brasil, onde apenas 4% dos resíduos são reciclados. Média essa, quatro vezes menor do que países de mesma faixa de renda e grau de desenvolvimento econômico, como Chile, Argentina e África do Sul (que apresentam 16%, segundo dados da International Solid Waste Association – ISWA). Em países desenvolvidos, como a Alemanha, o índice de reciclagem alcança uma média de 70%.
“O município possui um enorme potencial para aumentar o índice de reciclagem, pois dispõe da infraestrutura necessária, onde já realiza a coleta de resíduos de porta em porta em 97% do território”, observa o secretário. A SEMA desenvolve ainda 18 projetos voltados para a temática de resíduos e realizou palestras de Educação Ambiental para mais de 4 mil alunos de Campo Mourão nesse ano, a fim de conscientizar sobre a separação correta do lixo. Além disso, pelo Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS), já foram notificados 693 estabelecimentos comerciais para se adequarem às exigências legais.
“A intenção não é prejudicar, mas cumprir a Lei e incentivar a separação do lixo. A falta de separação adequada, além de levar uma quantidade maior de resíduos para o Aterro Sanitário, gera uma perda econômica significativa para as famílias que dependem da reciclagem para sobreviverem. Queremos desenvolver nosso município, melhorar a coleta seletiva, porque muitas pessoas ainda não fazem da forma correta, ou simplesmente não fazem”, disse Franco.
As medidas estão previstas na Lei Federal da Política Nacional de Resíduos Sólidos – PNRS e na Lei Municipal 3898/2018, que institui o Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (PMGIRS) e tornam obrigatórios a separação do lixo e o acondicionamento adequado dos resíduos.