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Como vai ser o eclipse solar de 2023?

Durante o eclipse solar anular do dia 14 de outubro, a Lua vai parecer ser um pouquinho menor que o Sol, deixando visíveis as bordas da nossa estrela ao redor da sombra lunar. Esse fenômeno é o responsável pelo efeito conhecido como anel de fogo, pois é semelhante a um círculo brilhante e avermelhado.

Diferente do que acontece no eclipse solar total, o anular não vai deixar o céu escuro, pois o anel de fogo é brilhante o suficiente para iluminar um pouco nossa atmosfera. Além disso, a Lua não vai cobrir totalmente o disco solar, já que vai estar um pouco mais afastada da Terra.

Como vai ser o eclipse solar de 2023

Nosso satélite natural apresenta uma órbita ligeiramente elíptica ao redor de nosso planeta. Por isso, ao completar uma volta inteira, a Lua passa pelos dois pontos mais próximos da Terra (perigeu) e os outros mais afastados (apogeu).

Quando o eclipse solar coincide com o perigeu lunar, ela vai parecer ter exatamente do mesmo tamanho do Sol, formando um eclipse solar total e cobrindo completamente a estrela. Isso escurece o céu, mas não proporciona a beleza do anel de fogo.

O eclipse solar será apenas parcial na maior parte das regiões do Brasil (Imagem: Reprodução/Randy McGuire/Pixabay)

Durante o eclipse de outubro, a Lua vai cobrir cerca de 91% do disco solar durante o seu máximo, nome dado ao momento em que sua sombra estiver no ponto de maior cobertura do Sol. Isso é o suficiente para prejudicar permanentemente a nossa visão, caso olhemos diretamente sem a devida proteção para os olhos.

Para se ter uma ideia da intensidade do brilho solar, saiba que os filtros de proteção para telescópios costumam bloquear 99,999% da radiação dele incluindo a da coroa, que é a atmosfera superior e invisível do Sol. Ela não é coberta pela Lua durante qualquer tipo de eclipse, então nunca é seguro observá-lo diretamente.

Anel de diamante de Baily

Quem puder observar o eclipse com algum instrumento, como pequenos telescópios (com filtros!), vai ver as contas de Baily. Trata-se de um fenômeno que revela as montanhas e vales que se elevam e afundam nas bordas do disco lunar. Ao passar por esses relevos, a luz do Sol é dividida em diferentes cores durante alguns minutos, formando pontos semelhantes a diamantes.

Quanto tempo vai durar o eclipse solar

O tempo de duração do eclipse solar depende do local onde o observador estiver. Por exemplo, em Alagoas, o evento vai durar pouco mais que 2 horas, enquanto o Amazonas vai testemunhar o fenômeno por 4 horas e 45 minutos.

Neste mapa do eclipse solar de 2023 no Brasil, a faixa vermelha corresponde às áreas onde vai ser visto o anel de fogo; quando mais clara a faixa, menor a porcentagem do disco solar coberto pela Lua (Imagem: Reprodução/timeanddate.com)

Isso ocorre porque, em alguns lugares, a Lua vai passar em frente de apenas uma parte do disco solar e, portanto, o eclipse vai ser mais curto. Nas regiões em que a Lua é vista passando por todo o Sol, a duração é maior.

Confira abaixo o tempo de duração do eclipse solar em algumas das cidades do país onde vai ser visto o anel de fogo, com horário de início e término no horário de Brasília:

  • Araguaína, Tocantins: início às 15:12, fim às 17:52
  • Campina Grande, Paraíba: início às 15:30, fim às 17:52
  • João Pessoa, Paraíba: início às 15:31, fim às 17:52
  • Juàzeiro do Norte, Ceará: início às 15:26, fim às 17:53
  • Natal, Rio Grande do Norte: início às 15:29, fim às 17:51

Veja agora os horários de outras regiões, onde o eclipse vai ser apenas parcial:

Bahia: 15:20 às 17:55
Espírito Santo: 15:37 às 17:49
Minas Gerais: 15:25 às 17:55
Rio de Janeiro: 15:40 às 17:51
São Paulo: 15:29 às 17:53

Vale lembrar que os horários acima correspondem à duração do eclipse em toda a área dos estados, não necessariamente aos horários em suas cidades.

Em que cidades ver o eclipse

O eclipse será visível em todo o país, mas algumas regiões vão ver apenas uma pontinha do Sol ser coberta pela Lua.

Abaixo, estão algumas cidades onde o anel de fogo vai ser visto:

  • Rio Grande do Norte: Natal, Caicó, Pau dos Ferros, Riachuelo, São Tomé, Parnamirim, São José do Campestre.
  • Paraíba: João Pessoa, Patos, Campina Grande, Pombal, Itapetim, Bom Jesus, Santa Luzia, Pocinhos.
  • Ceará: Juazeiro do Norte, Iguatu, Várzea Alegre, Nova Olinda, Aiuaba, Catarina, Tauá, Orós.
  • Piauí: Inhuma, Valença do Piauí, Elesbão Veloso, Itaueira.
  • Maranhão: Fortaleza dos Nogueiras, Novas Colinas, Feira Nova do Maranhão, Formosa da Serra Negra, São Raimundo das Mangabeiras, Sambaíba.
  • Tocantins: Ananás, Piraquê, Nazaré, Araguaína, Santa Fé do Araguaia.
  • Pará: Parauapebas, São Félix do Xingú, Tucumã, Água Azul do Norte, Xinguara.
  • Amazonas: Borba, Novo Aripuanã, Beruri, Anamã, Anori, Tefé, Uarini.

Todas as regiões mencionadas acima que não forem contempladas pelo eclipse anular vão poder ver a Lua cobrindo entre 80% e 90% do disco solar. As regiões menos favorecidas para isso são a parte sul do Centro-Oeste, o Sudeste e o Sul.

Via: CanalTech (Fonte: timeanddate.com)

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