A imagem de Nossa Senhora das Dores, que chegou a Campo Mourão em 1903 juntamente com a família Pereira, passará por um processo de restauração. A Fundação Cultural de Campo Mourão contratou a restauradora Suely Deschermayer para recuperar a escultura, que está na cidade há 120 anos. Esta imagem foi uma das primeiras peças doadas para a formação do museu, em 1978, por Deolindo Mendes Pereira.
De acordo com o jornalista Silvestre Duarte, os Pereiras trouxeram duas estátuas da santa. A primeira foi trazida por Miguel Luiz Pereira e agora faz parte do acervo do Museu. A segunda estátua foi trazida por José Emídio de Moraes. Ambas as imagens vieram de Portugal, embora a época exata em que os Pereira saíram do país lusitano seja desconhecida.
As famílias pioneiras prestavam reverências à santa, fazendo promessas de cura quando algum órgão ou membro do corpo estava afetado. Eles mediam a região afetada com uma fita colorida que era presa à estátua. Após alcançarem suas graças, voltavam para agradecer.
A imagem já está em Curitiba para passar pelo processo de restauro, previsto para ser concluído em janeiro de 2024. A restauradora Suely Deschermayer possui mestrado em Conservação e Restauro de Bens Culturais Móveis e Integrados pela Universidade Católica do Porto UCP (2015-2016). Suely atua como consultora técnica e perita em assuntos relacionados a obras de arte, conservação e restauro de bens culturais, e realizou trabalhos de consultoria e restauro para diversas instituições, museus e colecionadores.
