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Falta de vitamina D pode causar ‘reviravoltas’ no corpo humano: saiba como consumi-la

Médica explica como e em quais alimentos encontrar a vitamina D e quando é preciso suplementar

Poucos sabem, mas a vitamina D é um hormônio muito importante para a saúde óssea, para o crescimento, imunidade, musculatura, metabolismo e tem atuação em vários órgãos e sistemas, como o cardiovascular e o sistema nervoso central.

Pesquisadores da FioCruz divulgaram no início deste ano um estudo com dados brasileiros sobre pessoas com deficiência da vitamina D. A prevalência de deficiência foi de 15,3% e insuficiência de 50,9% no geral.

Discriminando por cidade, a prevalência foi 12,1% de deficiência e 47,6% de insuficiência em Salvador; 20,5% e 52,4% em São Paulo e 12,7% e 52,1% em Curitiba.

“No Brasil não existe uma política de fortificação de alimentos com vitamina D, como ocorre em outros países como o Canadá e Finlândia. No entanto, os dados indicam que mesmo saudáveis pessoas que vivem nos trópicos se beneficiam da adição de vitamina D nos alimentos para evitar a deficiência”, escreve a FioCruz.

Consumindo vitamina D

De acordo com a médica endocrinologista Camila Spivakoski há alimentos capazes de repor este hormônio.

“Existem fontes alimentares, como por exemplo, salmão, atum, sardinha, fígado, gema de ovo e leite. No entanto, a quantidade de vitamina D fornecida por porção é muito pequena. Logo, a necessidade de ingestão a fim de atingir uma concentração adequada acaba se tornando inviável em uma dieta equilibrada”, ensina.

A profissional explica que a principal forma que possuímos de produzir vitamina D é por meio da exposição solar, pela ação dos raios ultravioleta B solares na pele, com uma série de etapas posteriores que levam produção final de vitamina D ativa.

“Isso pode se tornar um desafio para algumas pessoas, especialmente àquelas que vivem em regiões de com menor exposição solar, com necessidade muitas vezes de suplementação para atingirmos um nível de vitamina D adequado”, conta Spivakoski.

Consequências da falta de vitamina D

De acordo com Spivakoski, a deficiência de vitamina D pode levar a algumas consequências, principalmente relacionadas à saúde óssea e muscular, com possível perda massa óssea, fraqueza muscular, além de enfraquecimento do sistema imunológico.

“Assim como a falta, o excesso de vitamina D também pode trazer diversos efeitos adversos para o nosso organismo, com sintomas que podem variar de náuseas, vômitos, perda de apetite, até quadros mais graves decorrentes do acúmulo de cálcio nos rins e outros órgãos”, diz.

No entanto, de acordo com a médica, os parâmetros de normalidade dos níveis sanguíneos de vitamina D devem ser sempre individualizados, com níveis maiores em populações de risco, como por exemplo, idosos, gestantes, pacientes com doenças renais crônicas e doenças autoimunes.

“É importante sempre evitar a automedicação e seguir a recomendação de um profissional da saúde habilitado para o acompanhamento, a fim de evitarmos o risco de complicações futuras”, finaliza a profissional.

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