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Conheça os principais mitos sobre doação de sangue

Neste 14 de junho, Dia Mundial da Doador de Sangue, reportagem sana as principais dúvidas e desmistifica os grandes mitos relacionados ao tema

A doação de sangue é uma ação simples e que pode ajudar até quatro pessoas por cada transfusão. No entanto, infelizmente, a maioria dos bancos de sangue recorrem a campanhas para sanar baixas taxas de doação. Um dos motivos que afasta doadores é o grande número de mitos sobre o tema — desde supostas “consequências” na transfusão até pessoas que seriam proibidos de doar. 

Por isso, neste 14 de junho, data em que ocorre o Dia do Doador de Sangue, o Correio conversou com um hematologista para derrubar os principais mitos por trás do tema e sanar as principais dúvidas. 

Segundo o hematologista Dr. Diogo Kloppel, alguns dos principais mitos sem qualquer comprovação cientifica são: quem doa sangue uma vez tem que doar sempre pois senão fica fraco; quem doa engorda ou emagrece; a doação pode “afinar” ou “engrossar” o sangue; a doação causa coceira; e que mulheres menstruadas não podem doar. “Todas essas afirmações são falsas e não têm nenhum embasamento”, afirma o especialista.

Vale ressaltar ainda que em uma mesma doação são retirados de 450 a 500mL de sangue total e que essa quantidade consegue ajudar até quatro pacientes.

Confira abaixo as principais informações sobre a doação de sangue

Quem pode doar?

  • Pessoas entre 16 e 69 anos de idade — menores de 18 anos devem apresentar o formulário de autorização e cópia do documento de identidade com foto do pai, mãe ou tutor/guardião e idosos devem ter realizado pelo menos uma doação de sangue antes dos 61 anos
  • Pesar mais de 51 quilos e ter IMC maior ou igual a 18,5 (descontado do vestuário)

Atividades que impedem temporariamente a doação

  • Tatuagem: pacientes que fizeram tatuagem recente são impedidos de doar por um período de 6 meses
  • Furo na orelha: aguarde 12 meses após o procedimento
  • Piercing: aguarde 12 meses após o procedimento — o prazo pode diminuir para seis meses se o candidato à doação apresentar foto do registro do estúdio na Vigilância Sanitária e nota fiscal do estabelecimento.
  • Piercing na boca ou na região genital: impede a doação por pelo menos 12 meses após a retirada do acessório.

Pessoas da comunidade LGBTQIAP+ podem doar?

O Dr. Diogo Kloppel explica que em 2020 o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que homossexuais do sexo masculino não são mais impedidos de doar sangue com base na condição sexual.

“Todos os membros da comunidade LGBTQIAP+ estão liberados a realizar a doação de sangue no Brasil desde então”, explica o hematologista.

Contudo, o que impede temporariamente, neste caso para qualquer pessoa, sendo da comunidade LGBTQIAP+ ou não, é ter mais de dois parceiros sexuais num período de seis meses antes da doação.

Principais doenças que impedem a doação em definitivo

Segundo a Fundação Hemocentro de Brasília, 50 doenças impedem que uma pessoa possa doar sangue pelo resto da vida.

  • Todos os tipos de câncer, independente de estar ou não em remissão;
  • Diabetes tipo I e diabetes tipo II insulino-dependente;
  • Aneurisma intracraniano;
  • Antecedente de acidente vascular cerebral;
  • Asma grave e Bronquite (crises recorrentes e necessidade de controle com medicamentos);
  • Cirrose hepática;
  • Doença autoimune (lúpus eritematoso sistêmico, artrite reumatóide, tireoidites imunes como doença de Graves, hipotireoidismo de Hashimoto, etc.);
  • Doença cardiovascular grave (ex: doença coronariana, angina, infarto, arritmia grave, malformações cardíacas, insuficiência cardíaca, aneurismas, etc.);
  • Doença pulmonar grave (enfisema, doença pulmonar obstrutiva crônica, histórico de tromboembolismo pulmonar);
  • Doença renal crônica;
  • Doença neurológica (esclerose em placa, esclerose múltipla, hematoma extra ou subdural com sequela, miastenia gravis, neurofibromatose forma maior);
  • Esquizofrenia;
  • Hepatite B ou C;
  • Hipotireoidismo;
  • HIV/AIDS;
  • Transplante de córnea;
  • Tuberculose extrapulmonar;

A lista completa das doenças que impedem a doação você pode conferir no site do Hemocentro.

O que precisa fazer antes e depois de doar?

Principais cuidados antes da doação

  • Dormir pelo menos seis horas, com qualidade, na noite anterior à doação;
  • Não ingerir bebida alcoólica nas 12 horas anteriores à doação;
  • Não fumar duas horas antes da doação.

Alimentação antes de doar

  • Não precisa estar de jejum, pelo contrário, é importante estar bem alimentado para doar sangue;
  • Beber bastante água desde o dia anterior à doação;
  • Evite alimentos gordurosos por pelo menos três horas antes de doar;
  • Se preferir doar depois do almoço, aguarde duas horas após ter se alimentado;
  • O almoço deve ser leve, com carnes grelhadas, saladas, arroz e feijão sem carnes.

Cuidados após a doação

  • Permanecer no banco de sangue por pelo menos 15 minutos após a doação;
  • Manter o curativo no braço por pelo menos 4 horas;
  • Evitar ingerir bebidas alcoólicas;
  • Não fumar por pelo menos 2 horas;
  • Evitar esforços físicos exagerados e exercícios por 12 horas, principalmente com o braço utilizado para doação;
  • Beber bastante líquido;
  • Se for dirigir após a doação, parar imediatamente o veículo em caso de mal estar.

Quanto tempo entre as doações

  • A mulher pode doar até três vezes em um período de 12 meses, com intervalo mínimo de 90 dias entre as doações.
  • O homem pode doar até quatro vezes em um período de 12 meses, com intervalo mínimo de 60 dias entre as doações.

Fonte: Correio Braziliense

Campo Mourão

Em Campo Mourão, o Hemonúcleo atende na rua Mamborê, 1500, e a doação de sangue pode ser agendada pelo site www.saude.pr.gov.br/doacao ou por mensagem via WhatsApp (44) 99878-3811.

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