11 vacinas que toda mulher deve tomar
Com a entrada na vida adulta, deixamos de nos preocupar com o esquema vacinal, mas é importante mantê-lo sempre em dia
Mesmo após atingir a vida adulta, é importante manter a vacinação em dia. Isso porque, além de algumas vacinas que agora são obrigatórias em crianças não serem tão comuns antigamente, diversas doenças são mais comuns em pessoas adultas.
“Ao nos vacinarmos, fortalecemos as defesas naturais do corpo, o que impede quadros graves de diversas doenças. É uma forma segura e inteligente de permanecermos saudáveis e fortes”, reforça a infectologista Aline Scarabelli, consultora médica do Labi Exames.
No caso das mulheres, é muito comum que a preocupação com o calendário vacinal só volte durante a gravidez ou durante a campanha de vacinação contra o vírus da gripe, por exemplo. Por isso, separamos as vacinas essenciais que todas as mulheres adultas precisam tomar.
Vacinas indispensáveis para mulheres adultas
De acordo com a Sociedade Brasileira de Imunização (SBIm), são 11 os imunizantes essenciais para a segurança de uma mulher adulta. A partir desse dado, é fundamental sempre checar a carteirinha de vacinação da infância e conferir quais vacinas já foram aplicadas, além de conversar com um médico para sanar dúvidas e confirmar a necessidade dos imunizantes.
“Em situações específicas, como epidemias ou quando a mulher apresenta algumas doenças crônicas, outras vacinas podem ser recomendadas”, explica Aline. “Nesses casos é necessária uma criteriosa avaliação médica para que o imunizante correto seja indicado.”
Confira quais são as vacinas mais importantes para as mulheres adultas:
Hepatites A e B
A imunização contra as hepatites A e B é recomendada para as mulheres adultas que tiveram a vacinação incompleta na infância ou que não sabem dizer se foram imunizadas ou se já tiveram a doença.
A vacina contra a hepatite A é feita em duas etapas, sendo a segunda aplicação seis meses depois da primeira. Ela é disponibilizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS) apenas para crianças menores de cinco anos e pessoas que vivem com HIV, hepatite B e hepatite C.
Já a vacina para hepatite B é aplicada em três etapas, sendo que a segunda dose é oferecida um mês após a primeira, e a terceira seis meses após a segunda. O imunizante está disponível no SUS para todas as pessoas.
Febre amarela
É importante principalmente para aqueles que moram em regiões de risco para a doença ou que vão viajar para países que tenham uma incidência alta do vírus. Ela é aplicada em dose única ou, em alguns casos, em uma dose fracionada que deve receber reforço 10 anos após a sua aplicação. A vacina contra febre amarela está disponível no SUS para todos.
Gripe
A vacina da gripe deve ser tomada anualmente, já que cepas novas do vírus influenza surgem todos os anos. As campanhas de imunização contra a doença acontecem no SUS durante os meses de sazonalidade do vírus, ou seja, no inverno, e seguem um calendário de prioridade.
Herpes zóster
É recomendada principalmente para pessoas acima de 50 anos ou para adultos com mais de 18 anos imunossuprimidos. Existem dois imunizantes disponíveis, cada um indicado para uma faixa etária, e que não estão disponíveis pelo SUS.
A vacina do herpes zóster recombinante é indicada para imunossuprimidos e adultos com mais de 50 anos. O esquema vacinal é realizado em duas doses, sendo a segunda aplicada entre dois e seis meses depois da primeira.
Já a vacina de herpes zóster atenuada é indicada apenas para maiores de 50 anos e, principalmente, para maiores de 60 anos. Sua aplicação é realizada em dose única.
HPV
A vacina contra HPV deve ser aplicada até os 46 anos de idade, em um esquema de duas doses ou três para mulheres imunossuprimidas. A vacina está disponível no SUS apenas para adolescentes de até 14 anos e mulheres imunossuprimidas, como pacientes com HIV/AIDS, transplantadas e em tratamento oncológico de até 45 anos.
No esquema de duas doses, essas devem ser aplicadas com um intervalo de seis meses. Já no esquema de três doses, a segunda é aplicada dois meses após a primeira, e a terceira seis meses após a segunda.
Meningocócica B
É indicada para adultos de até 59 anos e administrada em um esquema de duas doses com um intervalo de um mês entre elas. Está disponível no SUS.
Meningocócica ACWY
Disponível pelo SUS apenas para crianças de até 12 anos, a vacina possui um esquema de dose única e é recomendada para quem não realizou a imunização na infância.
Pneumocócica
Existem dois tipos de vacina pneumocócica, a 13 e a 23. É recomendada para todas as mulheres, mas principalmente para aquelas de acima de 60 anos ou portadoras de comorbidades.
A pneumo 13 é aplicada em esquema de dose única e está disponível no SUS apenas para portadores de comorbidades e idosos. Já a pneumo 23 está disponível para toda a população e deve ser aplicada duas vezes, sendo a segunda dose cinco anos após a primeira.
Tríplice Bacteriana Acelular
O esquema de doses da vacina tríplice bacteriana depende do histórico vacinal do paciente. Para aqueles que tiveram a imunização completa durante a infância, a vacina deve ser reaplicada a cada 10 anos.
Já para aqueles que não possuem um esquema vacinal completo ou desconhecem seu histórico, são necessárias três doses com intervalo de dois meses, e depois entra no esquema de 10 anos. O imunizante está disponível no SUS.
Tríplice viral
Para pessoas não vacinadas de até os 29 anos, são aplicadas duas doses com intervalo de um mês ou uma dose para pessoas entre 30 e 59 anos. A vacina tríplice viral está disponível no SUS.
Varicela
Recomendada para adultos que nunca tiveram a doença ou que não se imunizaram quando criança. A aplicação deve ser feita no esquema de duas doses, com intervalo de um mês entre elas. A vacina contra varicela está disponível no SUS.
Vacinação na gravidez
É importante lembrar que o sistema imunológico da mulher fica enfraquecido durante a gravidez por conta das alterações hormonais e das mudanças que acontecem no corpo. Por isso, manter a carteirinha de vacinação atualizada nesse período é essencial para garantir a saúde da mãe e do bebê.
Isso porque os anticorpos desenvolvidos pela mulher nessa fase são transmitidos para a criança via placenta e cordão umbilical. Esse efeito, inclusive, gerou um resultado importante para a saúde no Brasil: a eliminação do tétano neonatal e materno.
Vacinação na menopausa
Assim como na gravidez, a menopausa é mais um período em que o corpo feminino passa por diversas alterações hormonais, o que pode causar a baixa imunidade. Por isso, a vacinação se torna ainda mais indispensável após a mulher atingir esta fase da vida.
Esteja sempre em contato com seu médico e não esqueça de se informar sobre as medidas necessárias para manter a sua imunidade elevada.