A organização criminosa interestadual aplicou o golpe em 12 estados brasileiros. Cerca de 80 vítimas foram identificadas em todo o país
A Polícia Civil deflagrou nesta segunda-feira (29) a Operação Cantina, que tem o objetivo combater uma organização criminosa interestadual que aplicou o “golpe dos nudes” em 12 estados brasileiros. Ao todo, 33 criminosos foram presos.
- No Rio Grande do Sul a operação ocorreu simultaneamente nas cidades: Porto Alegre, Canoas, Cachoeirinha, Gravataí, Alvorada, Viamão, Tramandaí e Imbé. Em Santa Catarina, agentes foram às ruas de Florianópolis;
- Foram apreendidos veículos, armas de fogo, munições, dinheiro e outros bens;
- Conforme relatou a polícia, as investigações começaram há onze meses com a prisão em flagrante de um indivíduo em Cachoeirinha (RS);
- Desde o início da investigação, ao menos 140 pessoas foram presas no Rio Grande do Sul e cerca de 80 vítimas do golpe foram identificadas em todo o país;
- A maioria das vítimas era residente de Santa Catarina, mas a organização também aplicou o golpe nos estados: Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Amazonas, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraíba, Paraná, Mato Grosso e Rio Grande do Sul.
Como o golpe era aplicado
Para realizar a prática, o grupo entrava em contato com homens, geralmente de classe média/alta, por meio de perfis falsos de mulheres jovens e manipulavam as vítimas para que eles trocassem fotos nuas.
Com isso, os criminosos iniciavam uma série de extorsões se passando por parentes das adolescentes e diziam que as fotos recebidas eram de uma menor de idade.
Para que o caso não fosse exposto às autoridades, os golpistas pediam altos valores em dinheiro. Uma das vítimas perdeu R$100.000 com a extorsão.
Em alguns casos, os criminosos fingiam ser delegados da polícia do Rio Grande do Sul.
Para criar os perfis falsos, a organização buscava por adolescentes do sexo feminino e prometiam remuneração pelo envio das fotos, vídeos e áudios que seriam usados para aplicar o golpe.
O esquema era perfeitamente delineado, com vasto material que auxiliava na ilusão das vítimas e que era transmitido entre os criminosos. Para a produção do material, os investigados inclusive aliciavam adolescentes, que mandavam fotografias, áudios e vídeos sob remuneração e até mesmo sob ameaças.Rafael Liedtke, delegado titular da 2ª Delegacia de Investigação do Narcotráfico (2ªDIN).
Via: Olhar Digital (com informações de GZH, Polícia Civil – RS e G1)