Vizinhos socorreram criança no momento que o padrasto o enforcava em via pública. Casal, que estava alcoolizado, ameaçou vizinhos, ofendeu policiais e deixou outra criança, de um ano de idade, passando fome
A Polícia Militar de Campo Mourão, acionada pelo COPOM, compareceu a uma residência na área central do município após denúncias de que um homem estaria agredindo e enforcando uma criança em via pública.
Ao chegar ao local, os policiais flagraram um homem imobilizando uma mulher no chão, com os joelhos sobre seus braços para limitar sua resistência. A vítima apresentava a boca ensanguentada e marcas de arranhões no pescoço.
A equipe ordenou que o agressor soltasse a mulher, mas ele não obedeceu. Diante disso, os policiais procederam com o algemamento do homem para preservar a integridade física de todos os presentes.
Após se levantar, a mulher, de 26 anos, afirmou que não havia sido agredida pelo companheiro, mas sim por outra mulher que passava pela rua. No entanto, populares que testemunharam o incidente relataram que, momentos antes, o homem havia sido visto enforcando seu enteado, um menino de 10 anos, que não conseguia se mexer. Um casal que presenciou a cena interveio em defesa da criança e acabou sendo agredido pela mãe do menino, que revidou, causando as lesões visíveis na mulher. Esse casal já não estava mais no local no momento da chegada da polícia, e a criança havia sido abrigada por um vizinho.
A criança, com marcas avermelhadas e sinais de dedos no pescoço, relatou que a mãe e o padrasto haviam consumido bebidas alcoólicas durante o dia. Segundo ele, a mãe o puxou pelos cabelos, arrastou-o até o portão e o jogou na calçada. Em seguida, o padrasto teria montado sobre ele e começado a enforcá-lo.
Pouco depois, a mãe retornou à via pública segurando um bebê de colo, que estava sem roupas e chorava intensamente. Após longa conversa, os policiais convenceram a mulher a entregar o bebê, que continuava chorando e só se acalmou após ser alimentado por vizinhos, utilizando uma mamadeira.
Diante dos fatos, a mãe das crianças também recebeu voz de prisão, mas resistiu e precisou ser algemada. Durante o registro da ocorrência, o casal detido ameaçou os policiais e os vizinhos que haviam denunciado os maus-tratos e manifestado interesse em representar judicialmente contra eles.
O Conselho Tutelar foi acionado e decidiu pelo acolhimento das crianças na Casa Lar até esta segunda-feira (25), quando seriam definidas outras medidas.
A mulher foi encaminhada inicialmente à UPA, onde passou por atendimento médico e foi liberada em seguida. Ela foi conduzida à 16ª SDP, onde seu companheiro já aguardava para os procedimentos cabíveis conduzidos pela Polícia Civil.
Com informações da Polícia Militar – 11º BPM
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