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Oito mentiras sobre celulares que já contaram para você

Os celulares estão conosco ao longo de todo o dia e, com isso, surgiram algumas crenças populares ao longo dos anos que se difundiram no Brasil e até no mundo. Exemplos clássicos são: fechar todos os apps para deixar o telefone mais rápido, manter o brilho da tela no modo automático para poupar bateria e até mesmo levar em conta a quantidade de megapixels das câmeras em consideração na hora de comprar um novo dispositivo.

Mas até que ponto tais comportamentos que internalizamos no dia a dia fazem sentido? Você já conhecia algum destes? E sabe por que é mito? O TechTudo preparou uma lista com oito crenças muito difundidas sobre celulares mas que, na realidade, são falsas. Confira, nas linhas a seguir.

Fechar todos os apps do celular não deixa o celular necessariamente mais rápido — Foto: Danilo Paulo/TechTudo

1. Fechar aplicativos deixa o celular mais rápido?

Muitos usuários já se depararam com a famosa crença acima, mas ela já foi desmentida. Na verdade, o costume de sempre fechar todos os aplicativos de forma forçada pode ter o efeito reverso, já que o celular precisará se esforçar mais para abrir novamente os aplicativos — gastando mais bateria e recursos de processamento. Isto porque há uma diferença entre o aplicativo que está sendo “executado” e o aplicativo que está minimizado.

Os sistemas operacionais Android e iOS são mais inteligentes do que você pensa. Eles sabem identificar quando você não está usando determinado aplicativo no momento e “congela” ele no exato momento em que você o suspendeu. Assim, o processo de retorno ao app será bem mais rápido, já que o celular não precisará iniciar do zero o programa.

2. É preciso deixar a bateria descarregar por completo para poder recarregar o celular?

Para conservar a bateria do celular por mais tempo, o ideal é evitar mantê-lo descarregado por muito tempo — Foto: Thássius Veloso/TechTudo
Para conservar a bateria do celular por mais tempo, o ideal é evitar mantê-lo descarregado por muito tempo — Foto: Thássius Veloso/TechTudo

Você não precisa deixar a bateria do celular chegar a 0% para recarregá-lo. As baterias disponíveis nos celulares atuais são feitas de íons de lítio, um componente que não enfrenta o problema de memória — comum nos telefones “tijolões” de antigamente, que viciavam com o tempo. Portanto, baterias de celulares atuais não “viciam”. O que pode acontecer é o componente ficar velho com o tempo e atingir o limite de sua vida útil.

Para prolongar esse período de vida útil da bateria do smartphone, o ideal é manter o celular carregado, preferencialmente entre 20% e 80%, pois esta geralmente é a faixa em que o componente se encontra no menor nível de estresse.

3. Você só deve usar o carregador que veio com o celular?

É importante que o carregador tenha uma ertificação de segurança (como o selo da Anatel, por exemplo) — Foto: Fernando Braga/TechTudo
É importante que o carregador tenha uma ertificação de segurança (como o selo da Anatel, por exemplo) — Foto: Fernando Braga/TechTudo

Perder o carregador original que veio na caixa do celular pode ser uma situação chata — principalmente devido aos altos valores cobrados por acessórios oficiais de grandes fabricantes. A Apple no Brasil, por exemplo, cobra R$ 438 por um kit com carregador de parede e cabo USB. Mas existem alternativas seguras com preços bem menores.

Caso não seja possível adquirir um carregador original do próprio celular, dê preferência aos equipamentos certificados por órgãos reguladores — como a Anatel no Brasil. Há também o CE, sigla francesa para o Conformité Européenne que atua no bloco europeu. Carregadores com estes selos de segurança não vão oferecer danos ao smartphone. Mesmo assim, é importante ficar atento à potência do adaptador de energia e a suportada pelo smartphone.

4. Quanto mais megapixels na câmera, melhor a foto?

iPhone 14 tem apenas 12 MP de resolução nas câmeras e mesmo assim é conhecido por oferecer ótimas fotos — Foto: Laura Storino/TechTudo
iPhone 14 tem apenas 12 MP de resolução nas câmeras e mesmo assim é conhecido por oferecer ótimas fotos — Foto: Laura Storino/TechTudo

É fácil ver câmeras de smartphones que ultrapassem os 100 MP de resolução, como o Poco X5 Pro ou o topo de linha da Samsung, o Galaxy S23 Ultra. Mas medir o potencial fotográfico pela quantidade de megapixels é um erro. Se fosse assim, o iPhone 14 (Apple) com seus modestos 12 MP, não seria tão elogiado por conseguir fazer bons cliques, por exemplo. A qualidade da lente, o processador de imagem, o tamanho e a tecnologia utilizada pelo sensor pesam bem mais no resultado final.

Megapixels dizem respeito apenas ao tamanho (físico) da foto que o seu dispositivo consegue tirar. Se você quer imprimir uma foto em um banner do tamanho de um prédio, talvez faça sentido comprar um celular com 200 MP de câmera — mas isso não significa que ele vai se dar bem em fotos noturnas ou que ele alcançará um equilíbrio de cores excepcional.

5. Carregar o celular à noite toda estraga a bateria?

Baterias são componentes consumíveis e é inevitável que se deteriorem com o tempo. Existem alguns truques que podem retardar o desgaste dela, mas desconectar o celular do carregador de noite não faz muita diferença. Os smartphones são eficientes em reconhecer quando o carregamento está completo. Ao atingir 100% de bateria, o telefone interrompe boa parte do fluxo de carga. Daí quando o nível cair para 99%, ele volta a carregar.

Além disso, a maioria dos smartphones (seja Android ou iPhone) contam com recursos que visam a prolongar a vida útil da bateria. É por isso que vários celulares atuais conseguem aprender padrões da rotina do usuário, para identificar o período em que geralmente o dono acorda. Com isso, o dispositivo deixa a recarga mais lenta propositalmente durante a noite, quando o proprietário possivelmente está dormindo e não vai usar o celular.

6. Cartões de crédito e de ônibus podem ser desmagnetizados se ficarem no mesmo bolso que o celular?

Não há problema em deixar cartões magnéticos próximos do celular — Foto: Reprodução/Pond5
Não há problema em deixar cartões magnéticos próximos do celular — Foto: Reprodução/Pond5

Manter o celular próximo de cartões magnéticos (como de crédito, por exemplo) não é um problema. É certo dizer que o smartphone tem um campo magnético. No entanto, ele não é potente o suficiente como ímãs de geladeira, por exemplo, a ponto de afetar e danificar cartões.

7. Aplicativos da App Store e Google Play Store são sempre seguros?

É natural achar que baixar aplicativos das lojas oficiais é completamente seguro, mas é necessário ter cautela. Isto porque aplicativos que se conectam à internet ainda podem enviar arquivos contendo malware a qualquer momento. Ainda assim, é pouco provável que você tenha problemas ao instalar apps de desenvolvedores conhecidos (aqueles que produzem jogos populares e apps de redes sociais, por exemplo) — até porque eles têm uma reputação a zelar.

8. Deixar o brilho da tela no automático ajuda a poupar bateria?

Brilho da tela no máximo pode ser um vilão do consumo de bateria — Foto: Reprodução/Samsung
Brilho da tela no máximo pode ser um vilão do consumo de bateria — Foto: Reprodução/Samsung

Os smartphones contam com um sensor de luminosidade. Ele identifica qual é o nível de brilho do ambiente para aumentar ou diminuir o brilho da tela. Apesar de ser um recurso interessante por dispensar que o usuário sempre altere o nível de iluminação da tela, ele não ajuda a reduzir o consumo de bateria. A funcionalidade demanda recursos do processador, já que o telefone estará constantemente trabalhando em segundo plano para os dados do sensor, o que consequentemente na realidade pode gerar um pequeno consumo extra de bateria.

TechTudo (com informações de Fone HouseMake Tech Easier e Make Use Of)

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