Prepare o bolso: remédios terão reajuste de 5,6% a partir deste sábado (1º/4)
Índices de reajustes dos remédios são calculados pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed) e atualizados anualmente
O governo federal definiu, nesta sexta-feira (31/3), as taxas de reajuste no preço dos medicamentos para o próximo ano. A partir de abril, o valor dos remédios terá aumento de até 5,6%.
A medida foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta sexta. Os índices de reajustes são atualizados anualmente, conforme cálculos realizados pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed).
Veja a publicação no DOU:
O cálculo usa uma fórmula que se baseia na inflação, por meio do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulado em 12 meses, até fevereiro de cada ano.
A medida publicada nesta sexta, contudo, pode não afetar diretamente os valores praticados nas farmácias, uma vez que a Cmed define o valor máximo que cada remédio pode atingir no mercado, e não age como tabelamento de preços.
“Ano atípico”
Em nota, o Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos (Sindusfarma) afirmou que os últimos anos foram “atípicos” para o setor, especialmente devido à pandemia causada pelo coronavírus e diante da incidência de sintomas pós-Covid, que impulsionaram preços. A guerra da Ucrânia também elevou gastos com logística, informou o sindicato.
“Mesmo reajustando preços pelo índice autorizado ou sendo obrigadas a reduzir descontos em alguns produtos, várias indústrias farmacêuticas fecharam o balanço de 2022 com margens reduzidas”, consta na nota divulgada pela entidade.
Ainda em comunicado, o Sindusfarma ressaltou que o consumidor deve pesquisar os preços dos medicamentos e estar atento aos valores, já que nenhuma empresa pode aumentar o preço máximo ao consumidor sem autorização do governo.
“É importante o consumidor pesquisar nas farmácias e drogarias as melhores ofertas dos medicamentos prescritos pelos profissionais de saúde”, recomenda Nelson Mussolini, presidente do sindicato.
Além disso, a entidade pontuou que o reajuste não é automático nem imediato. “Dependendo da reposição de estoques e das estratégias comerciais dos estabelecimentos, aumentos de preço podem demorar meses ou nem acontecer”, explicou Mussolini.