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Amizades e relacionamentos ruins fazem mal para a saúde

Se você perguntar para um médico qual é o segredo de uma vida longeva, o especialista irá, muito provavelmente, recomendar uma boa dieta, prática diária de exercícios físicos, bom hábitos (não fumar e não beber), atividades de raciocínio lógico e ter amigos. Eis que pesquisadores australianos descobriram que não basta qualquer tipo de amizade. Na verdade, é preciso ter bons amigos, já que relacionamentos ruins fazem tão mal à saúde quanto o sedentarismo.

Para chegar a esta conclusão, cientistas da Universidade de Queensland, na Austrália, acompanharam 7,6 mil mulheres com mais de 45 anos, durante 20 anos (1996-2016). O estudo completo foi publicado na revista científica General Psychiatry.

Vale observar que, de forma geral, pessoas naquela faixa etária ou mais velhas já têm tendência a desenvolver novas doenças e isso é relativamente esperado. O ponto foi entender como o risco de contrair diferentes doenças aumentava para aqueles indivíduos com relacionamentos ruins.

Como amizades ruins podem afetar a saúde?

Relacionamentos e amizades ruins aumentam o risco de doenças em mulheres, afirma estudo (Imagem: Insta_photos/Envato)

No estudo, as participantes respondiam questionários sobre sua situação cada três anos, em média. Entre as perguntas, precisavam indicar qual era o nível de satisfação com seus relacionamentos, incluindo parceiros, familiares, amigos e colegas.

Em paralelo, essas informações foram cruzadas com dados médicos sobre 11 doenças bastante comuns na população:

  • Diabetes;
  • Hipertensão (pressão alta);
  • Doença cardíaca;
  • Acidente vascular cerebral (AVC), também conhecido como derrame;
  • Doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC);
  • Asma;
  • Osteoporose;
  • Artrite;
  • Câncer;
  • Depressão;
  • Ansiedade.

“Em comparação com as mulheres que relataram maior satisfação, as com a menor satisfação tiveram as maiores chances de acumular várias morbidades [doenças] no modelo ajustado. Resultados semelhantes foram observados para cada tipo de relacionamento social”, afirmam os autores no artigo. O risco médio foi duas vezes maior.

Neste contexto, “as conexões sociais (por exemplo, satisfação com as relações sociais) devem ser consideradas uma prioridade de saúde pública na prevenção e intervenção de doenças crônicas”, orientam os especialistas. Afinal, amizades ruins podem ser um fator de risco para doenças tanto quanto obesidade, sedentarismo ou consumo de álcool.

Via: CanalTech (com: General Psychiatry e Universidade de Queensland)    

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