Férias de verão: conheça 10 praias brasileiras pouco conhecidas e que valem a visita
É tempo de praia. Num país de cerca de 8.000 km de costa litorânea, o que não falta são faixas de areia banhadas de água cristalina, mas cada qual com suas características.
Existem aquelas que servem de ponto de partida para uma breve viagem até uma piscina natural, repleta de peixinhos, com água batendo na cintura, e aquelas mais escondidas, onde se pode nadar completamente livre dos trajes de banho, sem ninguém por perto, à espreita. Quem gosta de uma boa muvuca para curtir mar e sol com muita agitação também encontra opções. A melhor praia é aquela
onde a gente se sente bem.
Esta lista, que não contempla todos os estados praieiros, é uma pequena amostra do que o país tem a oferecer e, principalmente, um guia para orientar banhistas. Para aproveitar ainda mais o litoral, fique atento à tábua das marés.
Barra Grande – Cajueiro da Praia (PI)
Integra a Rota das Emoções, traçado turístico que liga Fortaleza (CE) a São Luís (MA). Nas ruas de areia, além de pousadas, há bares, cafés e restaurantes, cujas portas se abrem somente após o pôr do sol, quando a galera do kite já está com os pés no chão. Na maré baixa, caminhe por cerca de 3 km mar adentro e relaxe em piscinas naturais.
Ponta Grossa –Icapuí (CE)
A última cidade cearense do litoral leste, na divisa com o RN, guarda uma variedade de belas praias com falésias coloridas, dunas, restingas, rios e mangues. Ponta Grossa consegue juntar tudo isso, com marzão a perder de vista e, o que é melhor, quase sempre sem gente. Ali perto também estão as praias da Redonda e da Peroba. O melhor período para ir é de julho a dezembro.
Sibaúma – Tibau do Sul (RN)
Lugar de desova de tartarugas, essa praia, digamos, ainda selvagem, fica depois da badaladíssima Pipa, sentido sul. Originado de um antigo quilombo, o vilarejo de pescadores é bastante pacato, apesar de já contar com hotel de luxo. O rio Catu pode ser atravessado a pé, mesmo na maré cheia. Do outro lado, há uma barreira de recifes que protege a costa das ondas mais fortes.
Branca do Curral – Pitimbu (PB)
Farol ou a vizinha (e ainda mais preservada) Branca do Curral são as principais piscinais naturais do município. Se formam na maré baixa entre 1,5 km e 3 km da costa. Na altura da cintura, a água transparente permite enxergar o fundo com nitidez. Com snorkel, é possível avistar peixes de diferentes espécies. Para quem curte uma praia como veio ao mundo, sem roupa, Tambaba fica a 25 minutos de carro.
São Bento –Maragogi (AL)
Na divisa com Japaratinga, outro município de águas belas, São Bento ainda é uma pacata vila de pescadores. Da praia partem pequenas embarcações para as piscinais naturais, a cerca de 3 km de costa. É na chamada croa de São Bento, lugar de formações de corais e águas translúcidas, o ponto de parada para a prática de mergulho ou simplesmente para um banho tranquilo, com vista para a costa. Só é possível fazer a visita na maré baixa, ou seja, até 0,6 nesse ponto da Costa dos Corais.
Ponta do Corumbau –Prado (BA)
Quando a maré começar a baixar, é hora de atravessar a faixa de areia com cerca de 500 metros mar adentro. O “corredor” de areia descortina, de um lado, um piscinão de águas calmas, cristalinas e esverdeadas. Do outro, o mar agitado, “cortado” pela foz do rio Corumbau. Fica pertinho do Monte Pascoal. É um lugar para contemplar, respirar e relaxar. Sentido sul, está a cerca de 50 km da vila de Cumuruxatiba. Ao norte, a aproximadamente 10 km, está Caraíva. O nome do lugar já entrega: Corumbau significa “longe de tudo” na tradução tupi. Perfeita o ano inteiro.
Lopes Mendes – Ilha Grande (RJ)
Ali as ondas chegam fortes, arrebentando numa faixa de 3 km de areia fina e firme. Suas águas cristalinas são morada de tartarugas, robalos, moreias e de outros habitantes marinhos que seduzem os visitantes dispostos a sair da superfície. A variação de tonalidades do mar é outro atrativo, emoldurado por um naco generoso de mata atlântica. Da Vila do Abraão, no centrinho de ilha, partem lanchas e barcos, que do cais até a praia do Pouso levam de 30 a 50 minutos. Ao término desse trajeto, é preciso encarar uma trilha de nível leve de apenas 1 km até alcançar a praia. Vale.
Fazenda – Ubatuba (SP)
Fica a cerca de 30 minutos do centro de Ubatuba, sentido Paraty. Margeada por dois rios, a faixa de areia está dentro de uma área de proteção ambiental, o Parque Estadual Serra do Mar, Núcleo Picinguaba, nome de uma vila de pescadores que pode ser acessada dali a pé. Entre tantas vantagens dessa praia, uma é que mesmo na concorrida temporada de férias de verão ela permanece quase sempre deserta. Não existem barracas tampouco ambulantes em sua orla. Coberta por uma faixa de areia branca que se estende por 3,5 km, com mar calmo, a Fazenda é ideal para quem busca conexão direta com a natureza. Pertinho dali, ainda temos a simpática praia de Picinguaba e a de estilo “roots”, bem mais selvagem, Camburi de Ubatuba, última antes da divisa com o estado do Rio.
Saquinho – Floripa (SC)
Lagoinha do Leste, sem dúvida, costuma figurar nas listas das praias mais belas do país. De fato, vale a pena conhecê-la, com o custo de encarar trilhas ou, algo mais leve, fazer a travessia de barco. Para quem optar por uma leve caminhada, prática possível entre crianças e idosos, com um visual incrível da costa, Saquinho, ali perto, vem na medida certa. Para chegar até lá, deve-se tomar a estrada asfaltada até o Pântano do Sul, virar à direita em direção à praia dos Açores e seguir para a praia da Solidão. Nesta, cercada por morros ainda intactos, um pequeno rio desemboca no mar.
Guarita – Torres (RS)
O verão no Rio Grande do Sul costuma ser bastante ensolarado, com chuvas isoladas. Único lugar gaúcho à beira-mar agraciado com morros de origem vulcânica que afloraram na orla, a praia, localizada no parque de mesmo nome, fica numa área de convívio desenhada por enseadas e penhascos. Banhada por águas próprias para surfe e esportes náuticos, Guarita mantém uma temperatura agradável, de dezembro até abril, também para um tibum.
Via: GreenMe (com Folha de São Paulo)