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Viagra reduz tumores e melhora efeito da quimioterapia, sugere estudo

Pesquisadores descobriram que medicamentos para tratar disfunção erétil, como o Viagra, podem beneficiar pacientes com alguns cânceres

Cientistas do Reino Unido identificaram que medicamentos conhecidos como inibidores de fosfodiesterase tipo 5 (PDE5) — o mais famoso deles é o Viagra — têm potencial para melhorar a resposta de pacientes com câncer de esôfago ao tratamento da doença. A pesquisa foi publicada este ano na revista científica Cell Reports.

Os pesquisadores sugerem que o uso de remédios utilizados para tratar a impotência sexual podem ser eficazes nos procedimentos terapêuticos de câncer, melhorando a resposta à quimioterapia e até mesmo reduzindo o tamanho dos tumores.

Os medicamentos com inibidores de PDE5 atuam na musculatura lisa, responsável pelos movimentos involuntários do corpo, e a fazem relaxar. No tratamento da disfunção erétil, a substância relaxa e dilata os músculos dos vasos sanguíneos, aumentando o fluxo sanguíneo para o pênis.

Já contra o câncer, os cientistas indicam que a substância pode reverter a resistência à quimioterapia ao atacar células conhecidas como fibroblastos associados ao câncer (FAC), localizadas ao redor dos tumores.

“As propriedades resistentes à quimioterapia dos tumores esofágicos faz muitos pacientes passarem por quimioterapia intensiva e não terem bons resultados. Encontrar um medicamento que já é prescrito com segurança pode ser um grande passo no combate a esta doença difícil de tratar”, explica o professor de cirurgia gastrointestinal na Southampton University, Tim Underwood, principal autor do trabalho, na divulgação feita pela instituição.

A equipe de pesquisadores de Southampton testou os medicamentos em células cancerígenas cultivadas em laboratório e em ratos. Eles identificaram que, após as doses dos inibidores de PDE5, a quimioterapia foi eficaz em 75% dos casos. O resultado deixou os especialistas otimistas, pois o tratamento medicamentoso do câncer tende a ter efeitos em apenas 20% dos pacientes com câncer de esôfago.

Os pesquisadores pretendem dar continuidade aos estudos com humanos em uma nova fase de testes. Eles esperam que a descoberta possa auxiliar no tratamento futuro do câncer de esôfago e de outros tipos de tumores.

Do Metrópoles

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