Quando pensamos em animais de estimação é comum vir à mente gatos, cachorros e até mesmo os peixes. Pois é, em Apucarana, no norte do Paraná, um morador da cidade prefere ter ao lado dele um bode, carinhosamente chamado de ‘Neném’ e uma égua branca da crina rosa, a ‘Joia’.
Antônio Cione Sobrinho, de 68 anos, morou por 15 anos em Marumbi, e há um mês reside em Apucarana. No caminhão de mudança, além de todos os móveis, o bode e a égua, que andaram 41,3 km até chegar na casa nova, na região do Parque Bela Vista. Joia já está na família há 30 anos e Neném é ainda uma ‘criança’, vai completar três anos. “Meu antigo patrão comprou uma cabra, ela criou e logo morreu, então peguei esse cabritinho, tratava dele na mamadeira, por isso o nome neném. Já a égua, ela é mesmo uma Joia, meu filho tem 34 anos e a égua 30. São meus companheiros, passeamos, nos divertimos e cuido muito bem deles, pelo sempre branquinho, lavado com shampoo, escovado”, conta.
A Joia fica em um local apropriado, já o neném, em um banheiro na casa do aposentado, que foi desativado e transformado em um quarto para o bode. Quando a família incomum mudou, Antônio ficou com medo da reação dos vizinhos.
“Pensei que eles iriam ficar bravos, mas que nada, eles até me ajudam com a alimentação, dão banana, batata doce, até paçoquinha, que o neném gosta muito”,– Antônio Cione Sobrinho, dono do bode
Pelo menos duas vezes por dia ele e o bode caminham pelas ruas do bairro e juntos estão conhecendo os pontos turísticos de Apucarana. Por onde passa, Neném faz sucesso. Bem humorado, Antônio brinca que ele tem um ‘hot bode’, em alusão a um rottweiler.
“Às vezes algumas pessoas perguntam se esse é o seu cachorro e eu respondo: é meu ‘hot bode’. As pessoas tiram foto com ele, fazem carinho, e o neném gosta muito de carinho. Outra coisa que ele gosta é de pipoca, quando vê um carrinho de pipoca já fica com o olho arregalado, se não compro, ele fica olhando, igual uma criança. Ele é obediente, brincalhão, não me vejo sem ele. Não me vejo sem nenhum dos meus animais, além da égua e do bode, tenho também a bolinha, uma cachorrinha, que também sempre está com a gente”, detalha.
Antônio que é chamado de ‘véio do rio’ ganhou um novo apelido. A neta de 5 anos o chama de ‘vô do bode’. Em Marumbi ele também era conhecido como o ‘surfista do asfalto’. “Em 2014 fiquei conhecido na internet por causa da égua, morava no sítio com a minha esposa, Lúcia, e quando ia pra cidade, saia eu e a égua, ela me puxava por uma corda, e eu estava em cima de um pedaço de madeira, como se fosse uma prancha, aí virei o ‘surfista do asfalto, e detalhes, com o nosso cachorrinho sempre junto. Hoje não surfo mais com a joia, mas passeamos sempre pelo bairro, e ainda tenho o cachorrinho, somos todos uma grande família”, finaliza.
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