Casa das Fraldas precisa de apoio para a compra de matérias primas
Os preços dos insumos utilizados subiram e a produção foi afetada. O atendimento da demanda preocupa
A Casa das Fraldas São José, de Campo Mourão, vive atualmente uma delicada situação, que nos últimos meses vem afetando diretamente a confecção do produto higiênico. Enquanto cresce o número de pessoas e instituições interessadas em prestar serviço voluntário na confecção de fraldas, a entidade enfrenta a falta de recursos financeiros para a compra de matérias primas indispensáveis na fabricação do produto nos volumes necessários.
A situação se agravou com a elevação dos preços desses insumos – reflexo direto da inflação – e a impossibilidade de manter o mesmo volume de compra de matérias primas provocou uma queda na produção mensal.
A diretoria da Fundação Marta Kaiser, mantenedora da Casa das Fraldas São José, já mostra-se preocupada com relação ao continuidade do fornecimento do produto gratuitamente a entidades filantrópicas da cidade e a centenas de pessoas acamadas comprovadamente carentes. Entre as entidades atendidas mensalmente estão: Pastorais de Saúde, Lar de Idosos São Joaquim e Sant’Ana, Hospital Santa Casa, Lar Dona Jacira, APAE e pessoas carentes de Campo Mourão. Em torno de 350 pessoas acamadas e carentes, devidamente cadastradas, recebem kit mensal com 45 fraldas. São pessoas que, sem o atendimento oferecido pela Casa das Fraldas, não teriam acesso ao produto.
Apelo
O presidente da Fundação Marta Kaiser, advogado Roberto Leitner, ressalta que a situação é preocupante e conclama pela colaboração dos mourãoenses e das entidades locais para se evitar um colapso na produção do projeto de responsabilidade social que tornou-se referência e tem servido de modelo para muitas outras cidades brasileiras.
“A Casa das Fraldas, desde o seu primeiro momento, teve o apoio incondicional dos mais diferentes setores da sociedade mourãoense. Daí o sucesso alcançado pela entidade, que está próxima de atingir a marca de dois milhões de fraldas produzidas em 14 anos do projeto”, destaca o presidente.
Roberto Leitner alerta, porém, que a Casa das Fraldas não tem conseguido manter o volume de compras das matérias primas, o que coloca em sério risco a manutenção do atendimento da demanda. “Precisamos de uma urgente mobilização da comunidade, das entidades, para equacionar essa preocupante situação”, observa.
O dirigente acrescenta ainda: “É muito triste não poder atender pessoas interessadas em prestar serviço voluntário na confecção de fraldas e saber o que representa o fornecimento gratuito de produto para nossas entidades e as pessoas carentes. Sobretudo, quando o projeto enfrenta sérias dificuldades para manter a produção”, finaliza.