Ataque em Guarapuava: Polícias do PR identificam suspeitos e deflagram megaoperação
Mais de 500 policiais do Paraná estão envolvidos na operação; foram emitidos 74 ordens judiciais, entre mandados de prisão e busca e apreensão
Uma grande operação envolvendo as polícias Civil, Militar e Científica do Paraná foi deflagrada na manhã desta terça-feira (20). Com o objetivo de localizar suspeitos de participação no ataque à cidade de Guarapuava, mais de 500 policiais estão nas ruas para cumprir 74 ordens judiciais, entre mandados de prisão e busca e apreensão.
O objetivo da ação dos policiais é apreender materiais e cumprir mandados de prisão contra suspeitos de envolvimento na tentativa de assalto à transportadora de valores, em Guarapuava, na região Central do Estado, em abril deste ano. Segundo a Polícia Militar do Paraná (PMPR), em um trabalho de cinco meses de investigação foi possível identificar os principais membros do crime. Confira as cidades onde estão sendo cumpridas as ordens judiciais:
- Curitiba (PR)
- Campina Grande do Sul (PR)
- Fazenda Rio Grande (PR)
- São José dos Pinhais (PR)
- Maringá (PR)
- Mandirituba (PR)
- Ortigueira (PR)
- Pinhais (PR)
- Tibagi (PR)
- Piraquara (PR)
- São Paulo (SP)
- Piracicaba (SP)
- Hortolândia (SP)
- Embu-Guaçu (SP)
- Campinas (SP)
- São Bernardo do Campo (SP)
- Itatiba (SP)
- Itapecerica da Serra (SP)
- Barra Velha (SC)
Suspeitos com históricos de crimes
As polícias do Paraná identificaram os membros da organização criminosa após intensos trabalhos e investigações. Durante as diligências, foi apurado que os criminosos se uniam para concretizar o crime a partir do domínio do município, fechando os acessos das cidades e agindo com violência e armamento pesado.
Os indivíduos, de diversos estados do país, possuem passagens por outros crimes como roubo a banco e de cargas, tráfico de armas e drogas, extorsão mediante sequestro e outros. Durante as investigações, verificou-se que os criminosos utilizavam as quantias roubadas para comprar itens de luxo, viagens, procedimentos estéticos e ostentar riqueza nas redes sociais.
Conforme apurado, a organização criminosa é responsável ainda por outros roubos em Campina Grande do Sul, Cerro Azul, Lapa e Quitandinha, no Paraná, Criciúma, Araquari e Blumenau, em Santa Catarina, Araçatuba e Ourinhos, no estado de São Paulo e em Itajubá, em Minas Gerais.
Nos últimos 5 meses, as polícias do Paraná trabalharam de forma intensa, identificando os principais integrantes da organização criminosa e trazendo uma resposta ágil à sociedade. A investigação auxilia ainda na troca de informações com as polícias de outros estados do país.
Crime em Guarapuava
A ação dos criminosos aconteceu entre a noite do dia 17 e a madrugada do dia 18 de abril deste ano, no município de Guarapuava. Na ocasião, os criminosos fecharam os acessos da cidade e fizeram moradores reféns, utilizando-os como escudos humanos. Porém, não tiveram sucesso no crime, pois não conseguiram chegar até o cofre da transportadora de valores.
Durante a ação, os indivíduos atearam fogo em seis veículos, sendo que dois deles foram queimados em frente ao 16 º Batalhão da Polícia Militar, com o intuito de dificultar a ação policial. Além disso, eles abandonaram sete carros.
Os criminosos estavam equipados com veículos blindados e armamento pesado como fuzis calibres .762, .556 e, inclusive .50, que é um tipo de armamento de uso exclusivo das Forças Armadas, utilizado em artilharia antiaérea. Além disso, possuíam mochilas de mantimentos, com kits de primeiros socorros e capacetes balísticos.
Antes da fuga, os criminosos entraram em confronto com policiais militares. Na ocasião, dois policiais foram baleados, sendo que o Sargento Ricieri Chagas morreu em combate.
Os indivíduos deverão responder pelos crimes de organização criminosa, latrocínio, incêndio e explosão, porte ilegal de armas de fogo e explosivos, dano qualificado, receptação, sequestro e cárcere privado.
Do RIC Mais