“Desafio do desodorante”: veja como prevenir que crianças e adolescentes participem de desafios perigosos nas redes sociais
Nesta semana, infelizmente, João Victor Santos, de 10 anos, morreu em Minas Gerais. A suspeita é que a criança tenha tentado participar de uma competição das redes sociais chamada “desafio do desodorante“.
A brincadeira, de muito mau gosto, consiste em ver quem consegue inalar a maior quantidade de desodorante e se tornou um viral nas redes sociais, assim como aconteceu com outros desafios que podem colocar a vida de crianças e adolescentes em risco.
Recentemente, uma brincadeira chamada “desafio do apagão” também se tornou viral, principalmente no TikTok. Os participantes deviam prender a respiração até perder a consciência.
Nos Estados Unidos, duas crianças que tentaram participar da “trend” – tendência – acabaram morrendo, assim como uma outra que tentou fazer a brincadeira na Itália.
As famílias das vítimas dos EUA chegaram a processar o TikTok, afirmando que a rede social chinesa e seus algoritmos “perigosos” tinham culpa pela morte dos pequenos.
Também é possível se lembrar do “Desafio da Momo“, que se popularizou em 2019 no WhatsApp e incentivava as crianças a cometerem suicídio. No mesmo ano, também aconteceu o “Jogo da Baleia Azul”, em que os participantes deviam cumprir uma série de 50 desafios que culminavam em suicídio.
Como proteger as crianças e adolescentes dos jogos perigosos?
Dados do Instituto Dimicuida relatam que pelo menos 27 crianças e adolescentes morreram no Brasil até o ano passado ao tentar participar de algum jogo perigoso. Desde 2019, a Organização Mundial da Saúde (OMS) considera os “jogos perigosos” como um distúrbio comportamental listado na Classificação Internacional de Doenças (CID).
Esse tipo de brincadeira é definido como “um padrão de jogatina, online ou offline, que aumenta sensivelmente o risco de consequências prejudiciais à saúde mental ou física” de um indivíduo.
Para evitar que as crianças tenham contato com esse tipo de jogo, é muito importante que os pais ou responsáveis sigam alguns passos simples, como, por exemplo, conversar com os pequenos e adolescente sobre a existência destes desafios e explicar como eles podem ser prejudiciais.
Os pais também podem alertar sobre a pressão feita por amigos ou conhecidos, além de monitorar frequentemente com quem seus filhos falam nas redes sociais e qual tipo de conteúdo eles estão consumindo.
É muito importante também não deixar as crianças sozinhas durante o uso de plataformas online e até mesmo estipular um limite de tempo para uso.