Competição vai reunir mais de 600 contabilistas de todo o Paraná em Campo Mourão
A apresentação do mascote oficial dos 28º Jogos dos Contabilistas do Paraná (Jocopar/2022), que serão disputados em Campo Mourão, no próximo mês de novembro, aconteceu recentemente. Foi durante reunião da diretoria da Federação dos Contabilistas do Paraná (Fecopar), entidade que realiza a competição. A organização, neste ano, será do Sindicato dos Contabilistas de Campo Mourão e Região (SinConCam).
O mascote é um carneiro estilizado, em referência ao prato típico do Município anfitrião do Jocopar/2022: Carneiro no Buraco. Até a realização da competição, o mascote deverá participar de eventos na cidade para divulgar a sediação dos jogos junto à comunidade. Já os participantes da tradicional competição, que deve reunir mais de 600 profissionais de todo o Paraná, irão degustar a iguaria típica no almoço de encerramento do tradicional evento esportivo.
Na apresentação do mascote a diretoria da Fecopar e lideranças da categoria de todo o estado, os dirigentes do SinConCam também exibiram um vídeo sobre Campo Mourão, a estrutura que será utilizada na sediação da competição, pontos turísticos, vias de acesso, etc. O vídeo é encerrado com o convite para que contabilistas e técnicos de contabilidade de todo o estado estejam em Campo Mourão para a competição, que vai acontecer de 11 a 14 de novembro.
Carneiro no Buraco
O prato típico de Campo Mourão – o Carneiro no Buraco – tem suas origens marcadas por lendas e a iguaria chama a atenção não apenas pelo sabor apurado, mas também pela multiplicidade de ingredientes e condimentos utilizados e a forma como é preparada.
A iguaria foi criada por três pioneiros da cidade, no início da década de 1960, depois de assistirem a um filme em que vaqueiros preparavam alimentos sobre brasas, dentro de um buraco cavado no chão. Ênio Queiroz, Joaquim Teodoro de Oliveira e Saul Ferreira Caldas, todos já falecidos, foram os pioneiros no desenvolvimento do prato típico. Cozinhar alimentos em buracos, envoltos em folhas de bananeira, teve origem quando os jesuítas chegaram ao Brasil e tinha o objetivo de evitar a ocorrência de incêndio nas florestas.
No início, a exótica comida era servida esporadicamente, apenas em festas de amigos. Na década de 1980 passou a ser servida também quando autoridades visitavam o município. Um movimento encabeçado pela confraria da Boca Maldita local levou a oficialização da iguaria como prato típico em 1990 e a primeira Festa do Carneiro no Buraco foi realizada já no ano seguinte.
Da primeira receita utilizada à atual, foram realizadas muitas experiências e adaptações para aprimorar a iguaria. O fotógrafo e artista plástico, Tony Nishimura (in memoriam), apaixonado pelas lides culinárias, foi um dos que mais contribuiu com o aperfeiçoamento do prato e que introduziu a cozinha única na Festa Nacional do Carneiro no Buraco, onde chegaram a ser servidos mais de 180 tachos preparados pela Associação Panela.
A comida típica de Campo Mourão é cozida em buracos com 1,8 metro de profundidade, em tachos de ferro, durante seis horas. Antes são queimados dois metros cúbicos de lenha, ao longo de quatro horas, no buraco. Depois de colocado o tacho, com a utilização de ganchos, o buraco é fechado com tampas metálicas e vedado com terra.
A receita inclui carne de carneiro cortado em pedaços pequenos, tomate, cenoura, cebola, pimentão, batata doce, vagem, batata salsa, maçã, chuchu, abobrinha e banana nanica.