Empresas locais e regionais deixaram de vender R$ 243 milhões ao poder público no ano passado
A Associação Comercial e Industrial de Campo Mourão (Acicam) inicia nesta terça-feira (10/5) um treinamento prático para empresários interessados em realizar vendas para o poder público, através das licitações abertas pelas prefeituras, câmaras de vereadores, fundações e autarquias. Com a ação, a entidade empresarial busca evitar a evasão de recursos públicos dos municípios da microrregião 12 para outras cidades, além de fomentar as vendas as empresas locais e regionais.
O treinamento será ministrado pelo consultor, advogado e professor José Alberto Salvadori. Terá duração total de 19 horas, divididas em dois períodos: dias 10 e 11 de maio (das 19 às 22h30min), dia 12 (das 19 às 22 horas) e dias 17, 18 e 19 de maio (das 19 às 22 horas). Do conteúdo do treinamento consta a apresentação de todo o contexto legal, normas e regulamentos; análise de um edital, preparação dos documentos; preenchimento da proposta e simulação da participação em um pregão eletrônico, além de demonstração de como as empresas procedem com o cadastramento junto às Plataformas de Licitação.
No início de abril, a Acicam realizou a palestra “Como aumentar seu faturamento vendendo para o poder público”, proferida por José Alberto Salvadori.
Evasão
Um levantamento recentemente divulgado revelou que as licitações públicas realizadas pelos 25 municípios que compõem a microrregião polarizada por Campo Mourão movimentaram mais de R$ 500 milhões em 2021. O que chama a atenção no estudo é que desse montante, R$ 243.991.957,00 acabaram em mãos de empresas de outras regiões. Em torno de R$ 50 milhões ficaram com empresas de outros estados.
Ou seja: os empresários de Campo Mourão e da região deixaram de faturar R$ 243 milhões em 2021.
Enquanto as empresas locais e da região não se interessam pelas licitações anunciadas pelo poder público, fornecedores de fora participam dos certames e acabam fechando negócios. Recursos que poderiam ficar na região, fomentando a economia, fortalecendo nossas empresas e gerando empregos, acabam indo para outras regiões. São recursos públicos que poderiam permanecer na região, irrigando e ajudando a fomentar a economia de Campo Mourão e do Vale do Piquirivaí.
Tudo isso em meio às constantes queixas de queda nas vendas, de desaquecimento da economia e de crescente dificuldade de se manter no mercado.
