Não lembro se tomei vacina contra o sarampo. É seguro tomar uma nova dose?
De acordo com infectologista, a Campanha Nacional de Vacinação quer resgatar a população que deixou de se vacinar contra outras doenças ao longo da pandemia
Uma doença altamente contagiosa e que voltou a ameaçar os brasileiros é o sarampo. A enfermidade provoca febre, tosse persistente, coriza, conjuntivite e manchas vermelhas no corpo. Em casos mais graves, o sarampo pode resultar em doenças neurológicas, causar pneumonia e até matar.
De acordo com a infectologista do Hospital Nossa Senhora das Graças, Dra Monica Maria Gomes da Silva, a pandemia fez com parte da população ficasse confinada e muitas pessoas deixaram de se vacinar contra doenças como sarampo e Influenza. Com isso, a ideia da Campanha Nacional de Vacinação é resgatar quem não se imunizou.
Ela destaca que é importante que a maioria das pessoas se vacine contra o sarampo no Brasil. É o único jeito de erradicar a doença novamente. Até meados de 2016, o Brasil era referência no controle do sarampo. O país chegou a receber da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) o certificado de erradicação da doença.
Apenas duas doses contra o sarampo na infância são suficientes para garantir proteção para o resto da vida. No entanto, a infectologista afirma que caso o paciente não tenha conhecimento se tomou ou não a vacina contra à doença, pode procurar uma unidade de saúde para se vacinar.
“Caso você já tenha recebido a vacina e está tomando mais doses. Não há riscos para você”, diz
Grupos que podem se vacinar na Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza e o Sarampo:
Primeira etapa – 4 de abril a 2 de maio:
- Idosos com 60 anos ou mais (gripe);
- Trabalhadores da saúde (gripe e sarampo).
Segunda etapa – 2 de maio a 3 de junho:
- Crianças de 6 meses a menores de 5 anos de idade (4 anos, 11 meses e 29 dias) (gripe e sarampo);
- Gestantes e puérperas (gripe);
- Povos indígenas (gripe);
- Professores (gripe);
- Pessoas com comorbidades (gripe);
- Pessoas com deficiência permanente (gripe);
- Profissionais de forças de segurança e salvamento e Forças Armadas (gripe);
- Caminhoneiros e trabalhadores de transporte coletivo rodoviário de passageiros urbano e de longo curso (gripe);
- Trabalhadores portuários (gripe);
- Funcionários do sistema prisional (gripe);
- Adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas (gripe);
- População privada de liberdade (gripe).