A fala aconteceu durante a discussão de um projeto de lei que prevê a formação profissional para mulheres vítimas de violência doméstica
O vereador Luizinho Maranhão (PSB) fez um comentário homofóbico durante sessão ocorrida na última segunda-feira (21), em Paranaguá, no Litoral do Estado. A fala aconteceu durante a discussão de um projeto de lei que prevê a formação profissional para mulheres vítimas de violência doméstica. Ao declarar apoio ao projeto, Maranhão alegou que agressores seriam “gays enrustidos”.
“Nós temos que aprovar, mas é um sentimento que nos deixa muito preocupados, que em pleno século XXI, tenhamos que criar leis em defesa das mulheres porque temos alguns canalhas que resolvem agredir, não só de forma verbal, mas de forma física as mulheres. Com justificativas de que estaria sob efeitos de álcool, alguma psicopatia ou alguma preferência sexual, porque todo aquele que agride a mulher fisicamente é um gay enrustido, além de ser um grande mau-caráter”, disse.
A reportagem da Banda B tentou contato com o gabinete do vereador Luizinho Maranhão e aguarda retorno.
Na mesma sessão, o vereador Tiago Kutz (PP), se pronunciou sobre a fala e lembrou que a orientação sexual nada tem a ver com as agressões. “Eu entendo a animosidade, eu entendo a revolta, mas vereador Luizinho Maranhão, quando o cara bate na mulher, não é porque ele é gay, até mesmo porque os gays, as lésbicas, as travestis, todas acabam sofrendo também nas mãos de homens como esses (…) Só dizer que não é culpa de quem é isso ou aquilo, é somente uma situação de um cara que está ali pelo machismo e agredindo outras pessoas, para não desqualificar ninguém”, declarou.
Durante a fala, o presidente da Câmara de Paranaguá, Fábio Santos (PSDB), tentou fazer interrupções por “falta de pertinência temática”.
Crime
Desde 2019, a homofobia é considerada crime no Brasil. O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu equiparar a conduta ao racismo e determinou que casos de agressões contra o público LGBTQIA+ sejam enquadrados assim até que uma norma específica seja aprovada pelo Congresso Nacional.
Da Banda B