“Reserva de pesca esportiva no Rio Ivaí, a 1ª do PR, movimentará o turismo na região”, destaca Márcio Nunes
O trecho de cerca de 200 quilômetros do Rio Ivaí, na Região Centro-Oeste do Estado, vai do Salto Bananeiras até o encontro com o Rio Paraná, na chamada Bacia do Prata, envolvendo 27 municípios. Medida protege espécies e contribui para fomentar o turismo.
Aproximadamente 200 quilômetros do Rio Ivaí, na Região Centro-Oeste do Estado, se tornaram uma Reserva de Pesca Esportiva. É a primeira do Paraná instalada em um rio, com o objetivo de regulamentar e incentivar a pesca amadora, na modalidade pesque e solte.
O documento para criação da Reserva foi assinado nesta quinta-feira (24) pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior e o secretário do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo (Sedest), Márcio Nunes.
O trecho vai do Salto Bananeiras até seu encontro com o Rio Paraná, na chamada Bacia do Prata, envolvendo 27 municípios. A medida não influencia na renda dos pescadores artesanais filiados à Colônia de Pesca de Porto Ubá, pois ela se localiza fora dos 200 quilômetros da reserva.
“Nosso objetivo é garantir a qualidade de vida dos pescadores e da fauna aquática. A pesca esportiva é uma atividade que permite que os peixes nativos cumpram seu ciclo reprodutivo. Essa regulamentação é importante também para fomentarmos o turismo”, destacou o governador.
A Reserva de Pesca Esportiva oferece benefícios como a conservação do potencial hídrico para a prática do ecoturismo e a melhoria de renda e qualidade de vida para a população lindeira, ou seja, quem vive às margens do rio.
O secretário Márcio Nunes também destaca o benefício econômico da regulamentação. “A pesca esportiva protege nossos rios e chama a atenção de muitos turistas, inclusive de fora do país. Isso movimenta os hotéis e restaurantes da região, assim como outros setores que vão recepcionar essa movimentação”, afirmou.
A movimentação econômica dessa cadeia é acompanhada dentro do Projeto Rio Vivo, desenvolvido pela Superintendência Geral de Pesca e Bacias Hidrográficas, que faz o monitoramento dos eventos de pesca esportiva no Estado.
De acordo com levantamento da Superintendência, o mesmo peixe que é vendido a R$ 30 no comércio gera uma renda de R$ 572 aos municípios onde os eventos de pesca são realizados.
CONSERVAÇÃO – O Rio Ivaí corta praticamente todo o Estado, de Leste a Oeste, e possui grande importância ecológica para o Paraná e o Brasil. É o maior rio exclusivamente paranaense que não tem barramentos em toda sua extensão, de 685 quilômetros.
A regulamentação da Reserva de Pesca Esportiva representa um ganho ao meio ambiente e também à fauna local, pois o Rio Ivaí é um dos últimos redutos onde a migração e reprodução dos peixes reofílicos mantêm suas características originais. As espécies protegidas neste rio pela pesca esportiva são as de maior potencial para alavancar o turismo da pesca, como dourados, piracanjubas, pintados e jaús.
“Esse rio se constitui em uma das mais importantes rotas reprodutivas para os peixes migradores de toda a Bacia do Prata”, destacou o superintendente-geral da Pesca e Bacias Hidrográficas do Paraná, Francisco Martin.
BACIA – A Bacia do Prata é composta pelos municípios de Engenheiro Beltrão; Floresta; Ivatuba; Doutor Camargo; Terra Boa; Ourizona; Jussara; São Jorge do Ivaí; São Tomé; Japurá; São Carlos do Ivaí; São Manoel do Paraná; Paraíso do Norte; Rondon; Guaporema; Mirador; Amaporã; Cidade Gaúcha; Tapira; Planaltina do Paraná; Santa Mônica; Santa Isabel do Ivaí; Douradina; Ivaté; Santa Cruz de Monte Castelo; Icaraíma e Querência do Norte.