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Rubens Bueno sugere a ministro criação do Programa de Reabilitação Pós-Covid

Para atender de forma mais eficaz milhares de brasileiros que enfrentam sequelas causadas pela Covid-19, o deputado federal Rubens Bueno (Cidadania-PR) sugeriu ao ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, a instituição de um Programa Nacional de Reabilitação Pós-Covid-19. A ideia é criar centros de reabilitação, com equipe multiprofissional, em todas as regiões do país para atender esses pacientes.

“Nem sempre a alta hospitalar é o fim dos problemas causados pela Covid-19. No mundo todo, profissionais de saúde observam uma série de complicações decorrentes da doença, que podem surgir meses após resolvido o quadro agudo da infecção. Parte dos pacientes recuperados apresenta nos meses seguintes à alta hospitalar problemas cardíacos, neurológicos, dermatológicos, pulmonares, entre outros”, argumentou Rubens Bueno em documento enviado ao ministro.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), para ser considerada uma condição pós-Covid, a pessoa deve apresentar sintomas três meses após os primeiros sinais de Covid-19; ter tido uma infecção confirmada ou provável por SARS-CoV-2; ter sintomas ou problemas de saúde que duram por mais de dois meses; e não possuir outro diagnóstico que justifique os sintomas.

Para que a carga da pandemia não se torne ainda maior para o sistema de saúde do país, pesquisadores recomendam a criação de protocolos clínicos e unidades para tratamento de pacientes com a síndrome pós-Covid.

“Em evento promovido pela Academia Nacional de Medicina (ANM), médicos defenderam a criação de unidades dedicadas a lidar com as sequelas da doença. É nesse sentido que recebemos demandas dos estados e municípios quanto à criação de um protocolo ou programa nacional conjunto com a pasta da saúde para lidar com essa questão”, reforçou Rubens Bueno.

Estudos realizados pelo Hospital das Clínicas, em São Paulo, demonstram que cerca de 40% das pessoas recuperadas do coronavírus (forma grave) permanecem com alguma sequela após receberem alta. Por vezes o paciente continua com sintomas que desenvolveu durante a fase infecciosa da doença, como falta de ar, cansaço e perda de olfato e paladar. Em outras situações é observado o surgimento de novos sinais, como fadiga constante, fraqueza muscular, depressão e ansiedade.

Nos pacientes que apresentaram uma forma mais grave de Covid-19, é possível que os sintomas persistentes sejam resultado de lesões causadas pelo vírus em várias partes do corpo, como pulmões, coração, cérebro e músculos.

“Nesse cenário, ainda não contamos com um tratamento ou protocolo específico nacional para combater a síndrome pós-Covid e, por isso, é importante que todas as pessoas com sintomas façam uma avaliação médica. Algumas cidades, de forma pioneira, já implementaram programas locais que contam com uma equipe multiprofissional composta por fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, educadores físicos, nutricionistas e psicólogos”, relatou o deputado ao ministro, lembrando que uma das sugestões que recebeu sobre o tema foi enviada pelo vereador Escrivão Parma, do município paranaense de Campo Mourão.

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