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Após comer restos de refeição, jovem tem falência de órgãos e pernas amputadas

A infecção causou coagulação sanguínea generalizada, falência múltipla de órgãos e gangrena, de modo que o paciente precisou até mesmo ter suas pernas amputadas.

A revista científica New England Journal of Medicine relatou o caso de um jovem de 19 anos que sofreu uma infecção bacteriana grave depois comer restos de uma refeição. A infecção causou coagulação sanguínea generalizada, falência múltipla de órgãos e gangrena, de modo que o paciente precisou até mesmo ter suas pernas amputadas.

Pouco depois de comer os restos de uma refeição que trouxera de um restaurante ao qual foi na noite anterior, o jovem começou a vomitar um líquido marrom-avermelhado e teve dores abdominais, calafrios, dor no peito e falta de ar, além de dificuldade para se mover, uma vez que os músculos ficaram rígidos e sua pele ganhou um tom arroxeado.

Depois de diversas tentativas frustradas de tratamento, os médicos fizeram análise microbiológica do sangue do paciente e notaram a presença de uma bactéria chamada Neisseria meningitidis, também conhecida como meningococo. O jovem foi diagnosticado então com meningococcemia, uma infecção bacteriana que afeta o sangue.

Rapaz britânico foi infectado por meningococos (Imagem: Twenty20photo/Envato)

Em 24 horas de internação, o paciente teve coagulação sanguínea generalizada, insuficiência dos rins, pulmões e coração. A infecção chegou a necrosar o tecido das pernas e das mãos, e os médicos tiveram que amputar dos joelhos para baixo, além de partes de todos os dedos. O paciente permaneceu internado sob cuidados intensivos por 26 dias antes de receber alta.

Os meningococos são os responsáveis pela meningite e pela meningococemia. O paciente não foi o único a comer as sobras do jantar da noite anterior: um amigo dele também o fez. No entanto, ao contrário da vítima da infecção bacteriana, esse amigo estava em dia com os reforços de vacinação contra meningite, o que pode ter sido essencial para salvá-lo.

Do CanalTech (com New England Journal of Medicine via IFL Science )

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