Por que Chicago deve estar na sua lista de viagens em 2022
Apesar de ser a terceira maior cidade dos Estados Unidos, Chicago oferece charme e estilo de vida de cidade pequena, com programas e opções de turismo de metrópole. Um mix delicioso para qualquer visitante
Chicago é uma mistura de várias capitais. São Paulo, com sua rica gastronomia; Rio de Janeiro, com uma orla agitada; Nova York, frenética e com programas para todos os gostos.
Destino que já foi lar de nomes como Michelle e Barack Obama, Eddie Vedder, a lenda do blues Buddy Guy, entre tantos outros, ele encanta com sua diversidade e faz qualquer turista ficar sempre com um gostinho de quero mais.
Arborizada, jovem, gastronômica e cultural: motivos não faltam para a Cidade dos Ventos, como é carinhosamente apelidada, estar na sua lista de destinos-desejo.
Natureza
Contraste entre natureza e construções icônicas. Andar por Chicago é um mix entre olhar para cima para não perder todos os detalhes dos arranha-céus maravilhosos e parar a cada instante para contemplar seus parques e áreas abertas. São mais de 500 parques, muito bem cuidados, ao redor dos seus 77 bairros. Não à toa, os locais costumam falar que é “a cidade em um jardim”.
Alguns são paradas obrigatórias, como o Millennium Park, localizado dentro do Grant Park, parque público no bairro The Loop. É lá que fica o cartão-postal mais famoso de Chicago, o The Bean, ou “o feijão”, em português. O nome oficial da enorme escultura metálica do artista plástico Anish Kapoor é Cloud Gate e está sempre lotada de turistas e locais. Se quiser garantir uma foto com menos gente ao lado, vá cedo, entre 7 e 8 horas, ou depois das 21 horas.
O parque ainda oferece pista de patinação no gelo durante o inverno, festivais de música no verão e muitas atrações para as crianças. É lá que ficam a famosa Buckingham Fountain, inspirada nas fontes espalhadas nos jardins do Palácio de Versalhes, na França, e a Crown Fountain, uma obra interativa projetada pelo artista espanhol Jaume Plensa, que reproduz vídeos do rosto de cidadãos de Chicago e, através de uma saída na tela, a água flui, dando a ilusão que está jorrando pela boca dessas pessoas. No verão, a fonte fica lotada de crianças que se refrescam por ali.
Outro parque na lista dos imperdíveis é o Lincoln Park, localizado à beira do Lago Michigan. Ele conta com zoológico, jardins deslumbrantes, quadras e até campo de golfe.
Para apreciar do alto essa beleza, vale visitar o Skydeck Chicago, que fica no icônico Willis Tower, o segundo edifício mais alto da América, com 110 andares e mais de 500 metros de altura. O Skydeck fica no 103º andar e conta com alguns “terraços” inteiros de vidro, inclusive o chão. Dá para ter – literalmente – Chicago aos seus pés!
Mesmo para quem tem medo de altura e não se aventura nas caixas de vidros que se projetam para fora do prédio, vale visitar o local pela vista estonteante. Além disso, antes de subir para a atração principal, tem um pequeno museu no térreo com a história, os fatos e as curiosidades sobre a cultura da cidade.
O Observatório 360, na Michigan Ave., também é outro local imperdível para apreciar o skydeck. A diferença é que oferece uma atração a mais (paga à parte do seu ticket), que é uma plataforma eletrônica móvel de vidro que lentamente “projeta” quem está em cima para fora do prédio. Isso no 94º andar do Edifício Hancock. Dá um frio na barriga!
Para quem for visitar os dois, recomendamos ir em períodos distintos (dia e noite), para ter diferentes experiências e vistas.
Se a sua viagem for no verão, vale também fazer um tour de barco pelo Rio Chicago para apreciar seus enormes edifícios. O Architecture Tour conta com um guia especializado que explica cada ponto importante e sua história. No inverno, também é possível fazer esse passeio, mas o vento é tão gelado que torna impossível ficar na área externa do barco.
Outra maneira de descobrir as joias arquitetônicas é o Chicago Architecture Center, que oferece tours guiados pelas edificações mais famosas e ainda conta com um espaço exclusivo em sua sede com um modelo detalhado e surpreendente em 3D da região central.
Museus, teatros e uma vida cultural riquíssima
O cenário cultural de Chicago é vibrante, e seria impossível conhecer todos os seus museus, galerias e teatros mesmo morando por um ano lá. Difícil escolher quais os imperdíveis, mas, numa primeira visita, ir ao Art Institute of Chicago, fundado em 1879, é quase obrigatório.
O museu abriga 300 mil peças de arte, incluindo algumas das obras-primas mais reverenciadas do mundo e a maior coleção de arte impressionista e pós-impressionista do planeta fora do Louvre, com inúmeras obras de artistas como Monet, Cassatt, Renoir, Degas e mais mestres do gênero.
Já o Chicago Cultural Center ocupa um quarteirão inteiro da cidade, em um impressionante edifício histórico, e abriga a maior cúpula de vitrais Tiffany do mundo. O Field Museum, o Museu de História Natural, conta a história da humanidade em todas as épocas, desde a era dos dinossauros.
As crianças amam, pois, ao longo do passeio, se deparam com “Máximo”, o esqueleto de titanossauro, o maior dinossauro já descoberto até hoje, e “Sue”, o maior e mais completo esqueleto de tiranossauro rex do mundo. Além deles, há também a réplica de uma tumba egípcia de três andares, múmias do antigo Egito, fósseis, animais empalhados, pedras preciosas, roupas tradicionais chinesas e muitas outras peças em exposição.
Aliás, se estiver com pequenos, não deixe de visitar o Shedd Aquarium, um dos maiores oceanários do mundo; o Planetário Adler, com ambientes interativos onde é possível até dar uma volta na Lua; e o The Children’s Museum no Navy Pier.
Com mais de 250 teatros espalhados por seus bairros, além de diversos outros espaços públicos e privados que se convertem frequentemente em palcos, Chicago tem cinco teatros premiados no Tony Awards, a maior organização itinerante da Broadway do país, e mais premières internacionais do que qualquer outra cidade. Portanto, nem é preciso dizer que esse é outro passeio que merece estar em qualquer roteiro.
Ir ao Chicago Theater, por exemplo, é uma experiência inesquecível, uma vez que o espaço, construído em 1921, foi o primeiro cinema do país. Sua arquitetura em estilo barroco francês já valeria a visita, mas o local é palco de grandes atrações, como o Cirque du Soleil e obras da Broadway como Moulin Rouge, além de shows de artistas famosos.
Gastronomia
Uma cidade que leva muito a sério a arte de comer bem. São mais de 7 mil restaurantes, mais de 20 casas com estrelas Michelin, mercados gastronômicos como o Eataly e o Time Out, regiões focadas em gastronomia como o Fulton Market e o Randolph Row, além de bairros com suas culinárias típicas, como Pilsen, onde vive uma grande comunidade mexicana e, consequentemente, está lotado de bons restaurantes típicos.
O fato é que tem dois itens gastronômicos que são representativos da cidade e qualquer turista não pode voltar para casa sem provar.
A Deep Dish Pizza, também conhecida como Chicago Pizza, é uma versão da redonda que mais parece uma torta, alta e bem recheada de queijo. Os italianos jamais aceitariam que ela fosse chamada de pizza, mas não dá para negar que é muito saborosa. Entre os diversos locais que oferecem a “iguaria”, a Lou Malnati’s, aberta em 1971, está entre as mais famosas, seguida da Giordano’s.
O cachorro-quente americano é famoso por ser apenas pão e salsicha, mas Chicago também tem sua versão exclusiva do lanche, que recebe outros itens. Um típico Chicago hot dog é composto de pão, salsicha, mostarda, cebola, tomate, sport pepper (um tipo de pimenta-verde), relish (condimento americano com pepino), picles e celery salt (sal de aipo). Sem catchup! Entre os inúmeros locais para comer esse sanduba típico, o Portillo’s e o Gene & Jude’s sempre figuram na lista dos melhores.