Filho encontra mãe desaparecida há 30 anos graças a reportagem
Foi após ler uma reportagem na internet, que Felipe Ferreira, de 38 anos, conseguiu encontrar a mãe, que não via há 30 anos.
“Dona Gentileza”, como é conhecida Célia Regina, vivia em uma casa de repouso em Santarém, no Pará. Já Felipe, mora no Rio de Janeiro.
Felipe conta que perdeu o contato com a mãe aos 9 anos. Segundo ele, Célia tomou muitos remédios para emagrecer após o nascimento do filho, e isso “atacou os nervos dela”.
E foi quando a mulher saiu de casa e nunca mais voltou. O que Felipe sabe sobre o paradeiro da mãe naquela época, é que ela vivia nas ruas de Alter do Chão, também no Pará, e acabou resgatada por uma casa de repouso.
Vida difícil
A vida de Felipe também não foi nada fácil. Sem a mãe, ele era criado pelo pai, que foi assassinado. Depois acabou indo morar com a avó, que também faleceu. Ele cresceu tendo que contar com a ajuda de vizinhos.
“Morando sozinho, eu já dormi na rua, já dormi em oficina de carro. Os vizinhos que sabiam um pouco da minha história me ajudavam, me oferecendo a limpeza de uma calçada, um carro; eu nunca pedi dinheiro, sempre preferi almoçar, tomar café da manhã. Eu já passei uma semana pra ter um alimento, só bebendo água”, contou Felipe.
Reportagem
Felipe conta que já tinha procurado a mãe de todas as formas. Foi o cunhado que sugeriu que ele averiguasse na internet e buscasse pelo nome de solteira de Célia.
E não deu outra!
Em um dos resultados da pesquisa online, Felipe encontrou o nome da mãe em uma reportagem do site O Estado Net, de Alter do Chão, que contava a história da senhora que vivia em situação de rua.
Foi entrando em contato com o site e uma assistente social da região, que o filho teve contato com a mãe após todos esses anos.
O primeiro contato foi por videochamada e os dois se emocionaram bastante. Nas semanas seguintes, Felipe se mobilizou para retirar Dona Gentileza da casa de repouso e trazê-la de volta para a família, hoje no Rio de Janeiro.
“Mesmo com dificuldades, eu estou levando ela para o Rio, porque a empresa em que eu trabalho pagou as passagens para eu buscar ela, ida e volta, meu cunhado também me ajudou um pouco e o que passei no cartão de crédito vou pagando”, disse Felipe.
Só Notícia Boa (com informações de Istoé)