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Pitbull fica grávida de pinscher miniatura e recupera saúde após cirurgia; fotos

O acasalamento de pitbull e pinscher miniatura e a gravidez causaram sensação em Palmas.

Kiara é uma cadela da raça pitbull que surpreendeu os tutores – e a cidade – ao acasalar com um pinscher miniatura e ficar grávida. A gestação não chegou a termo: a cachorra perdeu os filhotes e foi diagnosticada com tumores, mas o episódio causou sensação na capital do Tocantins.

Palmas foi surpreendida com a notícia. O pinscher miniatura é uma das menores raças caninas e, apesar de o pitbull ser considerado um cão de porte médio, as diferenças entre o casal chamaram muita atenção na cidade – e também nas redes sociais.

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A gravidez

Kiara é a cachorra da dentista Bruna Karolinny Matostenia, que levou a pitbull de dois anos ao veterinário, porque a tutora suspeitava que a cadela estivesse doente: o ventre estava inchado e a cadela mostrava sinais de alterações no comportamento.

O diagnóstico foi obtido rapidamente. A “doença” nasceria em poucos dias, porque Kiara estava muito bem – tão bem que estava grávida. A família não conseguia imaginar que fosse possível, mas a pitbull havia cruzado com o outro cachorro da casa: Thor, um pinscher miniatura de três anos.

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Apesar de possível, o cruzamento entre uma cachorra grande e um cachorro pequeno é muito raro e pode causar problemas tanto para o pai, como para a mãe. Bruna chegou a verificar as câmeras de segurança da casa, em busca de uma possível invasão.

Ficou claro que Thor era um dos responsáveis pela gravidez. Kiara estava esperando nada menos do que dez filhotes, um indicativo de que os acasalamentos ocorreram durante vários dias, sem que ninguém suspeitasse.

Pitbulls geralmente apresentam dificuldades no acasalamento. Os cães da raça são territorialistas e não costumam aceitar a presença de outros animais, mesmo no caso de fêmeas no cio. O cruzamento ocorreu provavelmente porque Kiara e Thor são velhos amigos e estão acostumados a ficarem juntos.

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“Tears in Heaven”

Apesar da surpresa, a família ficou feliz com a notícia da gravidez e até começou a providenciar uma relação de possíveis adotantes, entre amigos e familiares. No entanto, exames de imagens para acompanhar a gestação mostraram que Kiara estava em risco e não conseguiram verificar os batimentos cardíacos das crias.

A cadela acabou perdendo os filhotes e precisou ser internada para se submeter a uma cirurgia abdominal que visava retirar os fetos mortos. No procedimento, foi identificado um tumor, que se não fosse pela suspeita da tutora, nunca teria sido diagnosticado.

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A cachorra pitbull desenvolveu uma neoplasia no mesentério, órgão formado por uma dobra dupla do peritônio (revestimento da cavidade abdominal), que permite ao intestino se manter na posição adequada.

A pitbull felizmente já está se recuperando em uma clínica e responde bem aos estímulos e comandos da equipe de saúde. O tumor constatado durante a cirurgia é relativamente raro entre cães e estava muito desenvolvido. Provavelmente, os fetos não tiveram espaço no útero materno para continuar se desenvolvendo.

Tudo aconteceu de forma muito rápida. Bruna levou Kiara para o consultório médico no início de julho de 2021; menos de um mês depois, a cirurgia para retirada do tumor foi realizada. A cadela e a tutora passaram por fortes emoções em menos de dois meses.

Kiara, que ainda é muito jovem, foi esterilizada, para impedir futuras gestações e alguns problemas ginecológicos: mais de 80% das cadelas não castradas (e a quase totalidade das gatas nesta condição) desenvolvem problemas como piometra e tumores uterinos.

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Em tempo!

Acasalamentos não desejados – quando não se pretende dar início a uma criação de cachorros – devem ser evitados ao máximo. A forma mais simples é a castração, que pode ser realizada entre os seis e oito meses de idade dos pets. Algumas cidades brasileiras promovem campanhas públicas e gratuitas de esterilização.

O cruzamento entre cães grandes e cadelas pequenas é contraindicado por razões óbvias: a estrutura genital das fêmeas não é proporcional à dos machos, resultando sempre em lesões, que podem inclusive ser fatais.

No caso dos machos pequenos, a monta é difícil (muitas vezes, impossível), mas o perigo principal está na finalização do ato sexual, quando os dois cachorros ficam com os órgãos genitais presos um ao outro (é quando geralmente ocorre a transferência do esperma para o organismo feminino). Existe risco real de lesões severas para ambos, especialmente para os machos.

Além disso, os embriões podem herdar o porte físico dos pais, não conseguindo se adaptar ao útero materno: é como se “sobrasse muito espaço para eles”. Nesses casos, os abortos espontâneos são comuns e as cadelas podem sofrer hemorragias graves.

Do Cães Online

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