Operação Networking: Gaeco cumpre mandados de buscas em Farol e outras cidades do Paraná
Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado investiga grupo criminoso responsável por fraudar procedimentos licitatórios em diversos municípios do estado
O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Paraná, cumpriu na manhã desta quinta-feira, 15 de outubro, 11 mandados de busca e apreensão em continuidade à Operação Networking, iniciada na quarta-feira (14), que investiga grupo criminoso responsável por fraudar procedimentos licitatórios em diversos municípios do estado.
Os mandados desta quinta-feira (15) foram cumpridos na Câmara de Vereadores de São Carlos do Ivaí e nas Prefeituras de Cidade Gaúcha, Francisco Alves, Tuneiras do Oeste, Jussara, Icaraíma, Nova Londrina, Porto Rico, Nova Aliança do Ivaí (todas cidades no Noroeste do estado), Farol (Centro-Ocidental) e Iporã (Norte-Central). São alvos da investigação contratos firmados pelas prefeituras desses municípios.
Outros alvos – Também são investigados na Operação Networking contratos firmados pelas administrações municipais de Abatiá, Assaí (ambas no Norte Pioneiro), Brasilândia do Sul, Cafezal do Sul, Douradina, Alto Piquiri, Maria Helena e Itaúna do Sul (na região Noroeste). Já nos municípios de Umuarama, Pérola, Perobal, Cruzeiro do Oeste, Loanda (todos no Noroeste), Barracão (Sudoeste) e Pitanga (Centro-Sul), onde foram cumpridos, nesta quarta-feira (14), 18 mandados de busca e apreensão na primeira fase da Operação Networking, os alvos foram residências de pessoas investigadas e sedes de empresas, já que os contratos dessas prefeituras não são objeto de investigação. Todas as medidas foram deferidas pelo Juízo da 2ª Vara Criminal de Umuarama.
Falsificação – De acordo com as investigações, conduzidas pelo Núcleo de Cascavel do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e pelo Núcleo de Umuarama do Grupo Especializado na Proteção ao Patrimônio Público e no Combate à Improbidade Administrativa (Gepatria), as fraudes ocorreriam a partir da existência de uma espécie de cartel envolvendo empresas de um mesmo grupo familiar e aliadas. Além disso, após tomarem conhecimento das investigações, o grupo familiar passou a substituir documentos em procedimentos licitatórios já finalizados realizados pelos órgãos públicos alvos das buscas realizadas no dia de hoje. Os contratos investigados, voltados à contratação, pelas administrações municipais, de empresas para prestação de serviços de apoio técnico, fornecimento de softwares de gestão, portais da transparência e soluções tecnológicas de segurança de rede, somam mais de R$ 4 milhões.
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Fonte: MPPR