Governo quer atrair novos investimentos da JBS ao Paraná
Companhia pretende, no médio/longo prazo, expandir a industrialização de frango e suínos, com a ampliação de unidades e construção de novas fábricas. Estimativa é de agregar mais de mil produtores à base de fornecedores da empresa, que já está presente em 14 cidades paranaenses.
O governador Carlos Massa Ratinho Junior conversou nesta segunda-feira (05) com o CEO da JBS, Wesley Filho, para tratar de novos investimentos da empresa no Paraná. A companhia, que é uma das líderes globais na indústria de alimentos e teve o maior faturamento deste setor no Brasil, planeja um grande investimento na industrialização das cadeias de frango e suínos nos próximos anos.
As principais premissas do plano de investimento, que ainda está sendo elaborado, foram apresentadas pelo executivo da empresa. A perspectiva é gerar milhares de empregos com ampliações e construção de novas fábricas. Além disso, a companhia estima incorporar quase mil produtores rurais à sua base de fornecedores.
Atualmente, a JBS mantém plantas em Santo Inácio, Jaguapitã, Santa Fé, Jacarezinho, Rolândia, Campo Mourão, Carambeí e Lapa. Somando os Centros de Distribuição, a companhia está presente em 14 municípios paranaenses. São 11,3 mil colaboradores e 2 mil produtores integrados no Estado.
“É um plano de expansão de médio/longo prazo. Queremos fazer em cinco anos, mas isso depende dos financiamentos para as adesões de novos produtores e demandas energéticas. Há expectativa de dobrar o número de colaboradores no Estado”, afirmou Wesley Filho. “O Paraná tem a vantagem da cultura da produção e da integração dos processos. Separamos o Estado para ser tocado como um negócio à parte da empresa”.
Os projetos já estão dentro do conceito de área livre de febre aftosa sem vacinação, conquistada pelo Paraná junto ao Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, o que gera potencial para as empresas com plantas locais atenderem novos mercados asiáticos, como Japão e Coreia do Sul.
ESTADO – O governador Ratinho Junior destacou o que definiu como olhar cuidadoso da empresa com o Paraná e sugeriu que os investimentos em novas plantas aconteçam em municípios com baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), principalmente na região central, com capacidade para transformar realidades locais a partir da geração de empregos.
“O Paraná agradece esse olhar sensível da JBS com o Estado. Queremos ser um polo da indústria de alimentos no mundo. Estamos fomentando e incentivando a atração de novos investimentos nessa área”, disse.
O governador também destacou que o Estado está investindo em infraestrutura rodoviária, portuária e energética para dar conta dos aportes privados que acontecerão nos próximos anos. O objetivo é tornar o Paraná uma central logística da América do Sul, principalmente em relação à produção de alimentos, que é a vocação do Estado.
“Estamos colocando mais de R$ 1 bilhão em infraestrutura rodoviária, parte de um financiamento que acabamos de adquirir. Os portos paranaenses também têm recebido muitos investimentos, devemos bater a meta de movimentação de 2025 já neste ano, e vamos conceder aeroportos para a iniciativa privada”, afirmou Ratinho Junior.
“O Paraná investe em infraestrutura básica para suportar os recursos privados planejados para os próximos anos”, acrescentou o governador, lembrando que haverá uma grande concessão de rodovias no Paraná em 2021. O novo Anel de Integração dever chegar perto de 4 mil quilômetros, incluindo trechos federais e estaduais.
DOAÇÕES – Ratinho Junior também agradeceu as doações realizadas pela JBS ao Paraná durante a pandemia, como parte do programa Fazer o Bem Faz Bem. Foram doze cidades atendidas com R$ 21 milhões, recurso que possibilitou a aquisição de 858 mil Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), 365 respiradores, 497 equipamentos hospitalares e 28 mil cestas básicas para populações mais vulneráveis.
AMAZÔNIA – A JBS também apresentou ao governador o projeto Juntos pela Amazônia, que investe na conservação e crescimento econômico sustentável na região. O programa conta com um aporte inicial de R$ 250 milhões para os primeiros cinco anos, mas a expectativa é alcançar R$ 1 bilhão com o ingresso de novos parceiros interessados em fomentar o desenvolvimento sustentável do bioma amazônico. O projeto foca na conservação e uso sustentável da floresta e melhoria da qualidade de vida da população que nela reside.
Da AEN