Luciano Castro de Oliveira, 46, conhecido como Zequinha, natural de Campo Mourão, apontado por investigadores como o principal ladrão de banco dentro do PCC (Primeiro Comando da Capital), foi preso na manhã desta quarta-feira (17/9) em Tejupá, no interior de São Paulo. Ele fazia parte de uma lista do Ministério da Justiça com os 22 criminosos mais procurados no país.
De acordo com o ministério, Zequinha agia em todos os estados do país, além de países do Mercosul. Contra ele, pesam acusações de crimes contra o patrimônio, organização criminosa e lavagem de dinheiro. Ele foi detido em um sítio às margens da represa Jurumirim, que fica na região de Avaré.
Procurado desde 2006, Zequinha tem longa ficha criminal. Em 1992, foi condenado por roubo ao Banco Comercial Industrial em Campinas (também no interior paulista). Dois anos depois, foi libertado por meio de indulto presidencial, assinado por Itamar Franco (PMDB, atual MDB).
Em 2005, voltou a ser preso. Desta vez, por formação de quadrilha e uso de nome falso, quanto tentava cavar um túnel em direção a um banco na capital paulista, segundo a polícia. Logo em seguida, porém, foi colocado em liberdade.
Em 2006 foi investigado por agir no Paraguai. Ele era suspeito de tentar roubar um banco na capital do país vizinho. Na ação, também houve um túnel cavado em direção ao banco.
A polícia também suspeita que ele tenha coordenado um ataque ao carro-forte da empresa Protege na região de Itupeva, no interior de São Paulo, em 2017, de acordo com o ministério.
Além de agir no interior de São Paulo, Zequinha também agiu em 2017 em Ciudad Del Este, no Paraguai, segundo investigadores. Em um assalto a uma transportadora de valores, foi levado o equivalente a R$ 120 milhões, tido por autoridades locais como o maior roubo da história daquele país.
“Também foi condenado, em outros processos judiciais, por porte ilegal de arma, uso de documento falso, roubo, formação de quadrilha, latrocínio [roubo seguido de morte], extorsão e sequestro”, diz o Ministério da Justiça.
Segundo a SSP (Secretaria da Segurança Pública), para a captura de Zequinha, foi “realizado um esquema estratégico que envolveu equipes da Força Tática do 12º e 53º Batalhão de Polícia Militar do Interior e agentes da Delegacia de Investigações Gerais de Avaré”.
“Além destes, participaram da ação equipes do 1º Batalhão de Polícia Ambiental com duas embarcações e o efetivo especializado do Comando de Policiamento do Interior-7, responsável pela região de Sorocaba, com apoio de drone. Cães farejadores também contribuíram com os trabalhos”, disse a SSP.
Do UOL